Ridley Scott, o renomado diretor responsável por criar uma das franquias de cinema mais icônicas, já tem em mente um plano para Gladiator III, e não hesitou em compartilhar algumas pistas intrigantes sobre o que espera para a continuação. O cineasta, que está atualmente promovendo seu novo filme Gladiator II, prevê que a sequência possa trazer uma abertura de impressionantes $60 milhões em seu primeiro final de semana, um feito notável para um filme de épico histórico, mesmo no mercado competitivo de hoje. Às portas de completar 87 anos, Scott expressou seu desejo de voltar ao setor, mas com um intervalo de tempo menor em relação ao seu último projeto.

O final de Gladiator II deixou os espectadores ansiosos por mais, com Paul Mescal interpretando Lucius, agora respaldado por um exército e tendo derrotado o vilão Macrinus, vivido por Denzel Washington. O filme termina com Lucius em uma posição para reivindicar o poder, uma transição que pode ser explorada de forma mais profunda na próxima obra. Scott pretende trilhar um caminho que tenha inspiração em clássicos como Apenas Um Deus, onde Michael Corleone, personagem interpretado por Al Pacino, se vê enfrentando dilemas morais enquanto ascende ao domínio.

Scott comentou sobre a narrativa proposta, indicando que começará a partir de um ponto onde Lucius, assim como Michael Corleone, questiona o que fazer com o poder que foi conquistado: “Sempre tive essa ideia que O Poderoso Chefão termina com Michael não querendo o cargo. Ele está sentado ali, já recebendo o beijo da mão e se perguntando: ‘Pai, o que eu faço?'”, disse o cineasta. Essa abordagem psicológica se alinha ao desenvolvimento de Lucius, conforme ele navega os meandros da liderança e responsabilidade.

Para acrescentar mais profundidade à história, Scott já esboçou oito páginas de roteiro, descrevendo o retorno a um cenário que, embora possa parecer inevitável, não necessariamente precisa envolver o retorno ao combate na arena. Ele inovou ao afirmar que Lucius poderia, de fato, se tornar Imperador, levantando questões sobre a verdadeira natureza do poder e suas consequências. Mesmo que a armadura do lutador seja a última coisa que se espera ver, a conexão com a arena parece ser um elemento inescapável na história temática do Gladiador.

Por outro lado, mescal, o ator que dá vida a Lucius, mostrou-se extremamente entusiasmado com a ideia de retornar ao papel. “Oh, sim, estou totalmente disposto,” declarou. “Difícil dizer quando será, mas definitivamente não 24 anos.” Ele reflete o sentimento geral entre os fãs e os envolvidos que esperam que a sequência não demore tanto a ser liberada.

Adicionalmente, Scott abordou figuras históricas que podem influenciar a jornada de Lucius. Ele indicou que o imperador Marco Aurélio, interpretado por Richard Harris no primeiro filme, será uma fonte de inspiração para como Lucius pode moldar seu futuro. Apesar de Marco ser retratado de maneira benevolente na obra anterior, Scott é crítico da figura histórica, apontando que suas reflexões filosóficas em Meditações podem ter ressoado com a culpa que ele sentia por suas ações.

Quando perguntado sobre o destino de certos personagens em Gladiator II, Scott afirmou que não hesitou ao dirigir as decisões, reforçando que a narrativa precisava seguir acordos que dão sentido à coesão do enredo, permitindo que Lucius continuasse a viver e que as forças malignas fossem eliminadas. Embora o futuro de Gladiator III ainda seja indefinido, a produção terá que se preparar para um novo projeto, já que Scott se prepara para dirigir um biográfico dos Bee Gees no início de 2025. Contudo, a carreira prolífica de Scott sugere que ele pode navegar entre diversos projetos com eficiência, deixando espaço para o retorno de Gladiador em um futuro próximo.

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