A renomada diretora Gina Prince-Bythewood compartilhou detalhes emocionantes sobre sua experiência ao filmar o icônico filme Love & Basketball durante um recente episódio do podcast Legacy Talk com Lena Waithe. Neste episódio, que foi ao ar em 18 de novembro, Prince-Bythewood revelou momentos de tensão nos bastidores que a levaram a se sentir a “pior diretora do mundo”, especialmente ao testemunhar sua protagonista Sanaa Lathan em lágrimas. A abordagem reflexiva da diretora destaca não apenas os desafios de dirigir um filme cult, mas também a profunda conexão que desenvolveu com Lathan ao longo do tempo.
Ao recordar o processo de seleção para o filme, que estreou em 2000 e rapidamente conquistou os corações do público, Prince-Bythewood expressou suas incertezas iniciais em relação à escolha de Lathan para o papel de Monica. Embora hoje ela reconheça que fez a escolha certa, na época, teve dúvidas, especialmente porque Lathan, atualmente com 53 anos, não tinha experiência previa no basquete. “Nunca soube que havia tomado a decisão certa”, admitiu a diretora de Woman King. “Sanaa e eu somos ótimas amigas agora, mas durante as filmagens, a atmosfera era tensa. Eu estava transmitindo uma vibração de incerteza, como se estivesse me questionando se cometi um erro.”
O enredo de Love & Basketball narra a história de Monica e Quincy, interpretados por Sanaa Lathan e Omar Epps, respectivamente. Ambos são amigos de infância com sonhos de alcançar a grandeza no basquete, e suas vidas se entrelaçam em uma relação romântica complicada. Este filme não apenas retrata o amor, mas também os desafios e as pressões enfrentadas pelos atletas, especialmente em um cenário onde o talento deve ser impulsionado por dedicação e excelência.
Durante as filmagens, Prince-Bythewood se deparou com um momento crítico antes de filmar uma das sequências principais do basquete, onde notou que Lathan não estava tão confortável com a bola. “Quando vi Sanaa lidando com a bola de basquete, pensei: ‘Droga. Não fiquei impressionada e fiquei assustada’”, ela relembrou com sinceridade. A pressão se intensificou quando ela pediu a Lathan que praticasse dribles e passes repetidamente, o que a deixou visivelmente angustiada. Ao perceber a tensão, o rosto de Lathan começou a se contorcer, resultando em lágrimas. “Naquele momento, pensei: ‘Sou a pior diretora do mundo.’”, revelou Prince-Bythewood.
Imediatamente, a diretora sentiu a necessidade de buscar a reconciliação e ligou para Lathan para se desculpar. “Fiz o meu melhor para dizer: ‘Eu acredito em você e estava errada. Só quero o melhor para o filme e para você.’”, contou, reconhecendo que essa experiência foi uma grande lição não apenas como diretora, mas também como colega de trabalho. Lathan, segundo a diretora, nunca foi irresponsável ou improdutiva, e mesmo diante do estresse, ela se manteve profissional.
Enquanto a jornada de filmagem avançava, Prince-Bythewood percebeu o quão sortuda ela era por ter Lathan em seu filme. Somente durante a edição, ela começou a apreciar plenamente aPerformance da atriz e entrou em contato com ela para expressar sua gratidão: “Você me deu um filme incrível, e é por causa da sua atuação”, afirmou.
Sanaa Lathan também refletiu sobre a sua jornada, contando que, embora estivesse ansiosa por não ser uma jogadora de basquete, sua experiência em dança a ajudou a mimetizar movimentos e a se preparar para o papel de forma eficaz. “Foi um presente poder, em uma idade jovem, interpretar essa personagem incrível e feroz em um filme tão amado”, disse Lathan, ressaltando a importância de Love & Basketball em sua carreira.
A narrativa de Prince-Bythewood não somente revela uma janela para os desafios dos criadores de cinema, mas também reflete o vínculo e as experiências que moldam as relações nos bastidores. É uma história de não apenas de amor e basquete, mas também de amizade, resiliência e aprendizado mútuo, ressaltando como a arte pode emergir de momentos de vulnerabilidade e tensão.