Atenção! Esta matéria contém spoilers da nona episódio da sétima temporada de Outlander. Enquanto a trama avança, os espectadores se veem envolvidos em questões que misturam ficção e realidades paralelas, e as ações de seus personagens principais geram um sem número de questionamentos. Um dos pontos que mais geraram debates e reflexões entre os fãs envolve o personagem Roger Wakefield, que, neste episódio, se depara com uma questão inquietante e, ao mesmo tempo, confusa sobre o impacto de suas escolhas no fluxo do tempo.

Na recente estreia da metade da sétima temporada, Roger se lança novamente na aventura do tempo ao atravessar as pedras. Contudo, ao invés de retornar ao seu tempo habitual, nos anos 1770, ele se vê em 1739, um período anteriormente desconhecido para ele. A busca pelo filho Jemmy se torna uma tarefa ainda mais árdua e desafiadora, visto que Roger precisa se manobrar em meio a uma era que não faz parte de suas vivências. No entanto, a complexidade da situação parece se intensificar com a introdução do ancestral de Roger, William MacKenzie, conhecido como Buck, que também se junta à busca. Buck, um personagem originalmente do século XVIII, por um inusitado acaso, foi inesperadamente transportado 200 anos para frente ao descansar junto às pedras de Craigh na Dun em 1782.

A conexão entre Buck e Roger se fortalece à medida que Buck se integra à dinâmica familiar, decidindo ajudar na busca por Jemmy, que se encontra em perigo. Contudo, ao chegarem ao ano de 1739, Buck adoece repentinamente, gerando insegurança em Roger, que se questiona sobre as consequências que a morte de seu ancestral poderiam ter em sua própria existência e na vida de Jemmy. A angústia de Roger é palpável, e por meio de sua narração interna, os espectadores têm acesso direto a seus pensamentos, acompanhando sua crescente ansiedade ao ponderar sobre a possibilidade de não existir mais caso Buck sucumbisse à enfermidade.

É compreensível que em meio a tantos desafios e pressões, Roger tenha uma reação emocional diante da situação de Buck. No entanto, sua inquietação levanta uma série de questões sobre a lógica do tempo em Outlander. O caráter paradoxal da viagem no tempo, que permeia toda a narrativa da série, sugere que a morte de Buck, que já pertencia a um tempo anterior ao do próprio Roger, não deveria impactar a continuidade da vida de Roger e de seu filho. Afinal, Jeremiah, filho de Buck e trisavô de Roger, já havia nascido antes que Buck atravessasse as pedras. Isso levanta a dúvida: por que esse temor não antecedeu situações anteriores onde a mortalidade de outros personagens não afetou a existência de descendentes?

A narrativa em Outlander se constrói sob a ótica de uma complexidade temporal em que os eventos são interconectados, mas também seguem uma lógica peculiar. Por exemplo, se Roger tivesse feito uma viagem no tempo e encontrado Buck em um momento anterior de sua vida, haveria motivos para preocupação, mas esta não é a dinâmica explorada pela série. A abordagem apresentada a partir do episódio com Roger ressalta que o impacto de uma morte depende das interações que já ocorreram e do entrelaçamento histórico, o que desafia a emocionante, mas muitas vezes confusa narrativa de viagens no tempo.

Apesar do dilema em que Roger se encontra, é pertinente lembrar que a trama de Outlander já desafiou a lógica do tempo em suas histórias anteriores. Embora a confusão e a dor sejam parte integrante da experiência da viagem temporal, a série nos apresenta múltiplas situações onde ações passadas e futuras se entrelaçam de maneira complicada. A série utiliza lições de passado e presente para explorar o drama humano e as suas consequências, tais como a tentativa de Brianna de evitar um incêndio, que termina levando à sua própria origem. O que se revela é que mesmo as melhores intenções não garantem o que se considera um futuro seguro.

Em suma, a sétima temporada segue trazendo questões instigantes sobre a natureza do tempo e as relações humanas, onde os medos de Roger se misturam à intriga e ao drama característicos da série. As novas segundas-feiras nos levam a questionar o que será de nossos heróis e como as complexidades do tempo continuarão a influenciar suas vidas. Os novos episódios de Outlander são lançados a cada sexta-feira às 20h, horário do leste dos EUA, prometendo mais reviravoltas intrigantes.

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