Aberta ao público em teste, a primeira fase do museu promete experiências enriquecedoras
O Grand Egyptian Museum, empreendimento grandioso localizado nas proximidades das célebres Pirâmides de Gizé, começará nesta semana a abrir ao público doze salas com exposições que contemplam a rica história do Egito Antigo. Esta iniciativa iniciará uma fase de operação experimental antes da inauguração oficial do espaço, que ainda não possui data definida. De acordo com Al-Tayeb Abbas, assistente do ministro de Antiguidades, a abertura permitirá a visitação de até 4.000 pessoas por dia, com início programado para quarta-feira.
Este imponente museu, cuja construção se arrasta há mais de uma década e cujos custos já superam a marca de US$ 1 bilhão, possui um histórico de atrasos que inclui, entre outros fatores, os impactos da pandemia de Covid-19. Embora a totalidade do espaço ainda não esteja disponível, algumas seções foram abertas para visitas limitadas desde 2022, possibilitando que o público tenha um primeiro contato com o acervo que será exposto. Segundo o site de informações do Estado egípcio, mais de 100.000 artefatos que compõem o patrimônio histórico egípcio estarão disponíveis nas galerias desse singular museu.
Durante a fase de operação experimental, Al-Tayeb Abbas sublinhou a importância de identificar questões operacionais que possam surgir e que possibilitem uma melhor execução da abertura definitiva. A disposição das doze salas do museu foi planejada de forma a apresentar temas que abarcam aspectos da sociedade, religião e doutrina da antiga civilização egípcia. As áreas foram organizadas por dinastias e ordem histórica, prometendo uma imersão em milhares de relíquias que contarão a trajetória do Egito ao longo dos séculos.
Os períodos que serão exibidos nas galerias principais abrangem a Terceira Dinastia Intermediária (aproximadamente 1070-664 a.C.), a Período Tardio (664-332 a.C.), a Período Greco-Romano (332 a.C.-395 d.C.), o Novo Império (1550-1070 a.C.), o Império Médio (2030-1650 a.C.) e o Antigo Império (2649-2130 a.C.). Um dos espaços destacados incorpora estátuas de membros da aristocracia do Egito, demonstrando a influência de seus integrantes em esferas como a política, a religião e a administração.
Museu proporciona um ambiente de aprendizado e encanto para visitantes de várias partes do mundo
É notório que o Grand Egyptian Museum não se limita a ser um simples espaço de exposições, mas busca também criar oportunidades de aprendizado para pessoas de todas as idades. Os esforços do museu para criar um ambiente atrativo para crianças são evidentes através do uso de tecnologias contemporâneas e apresentações multimídia que enriquecem a experiência do visitante. Entre as inovações planejadas, destaca-se a utilização de realidade virtual para contar a história das práticas funerárias e sua evolução ao longo do tempo.
Pessoas que já visitaram partes do museu durante as visitas limitadas expressaram suas impressões positivas sobre o local. A canadense Aude Porcedde, uma das turistas que pode conhecer algumas seções do espaço, revelou estar maravilhada, destacando a importância da civilização egípcia não apenas para a região, mas para o conhecimento global. Jorge Licano, um turista costa-riquenho, compartilhou sua experiência positiva, ressaltando o aprendizado que teve ao observar de perto as relíquias e interagir com os moradores locais.
Além das exposições, também estarão disponíveis ao público uma escadaria grandiosa de seis andares, que proporciona uma vista panorâmica das Pirâmides, e uma área comercial que exibirá monumentos e artefatos, como sarcófagos e estátuas representativas da rica cultura egípcia. Contudo, algumas seções, incluindo a famosa coleção do tesouro do Rei Tutancâmon, ainda não têm data prevista para abertura.
À medida que o Grand Egyptian Museum inicia sua fase de operação experimental, é evidente o papel significativo que representará não apenas para a valorização do patrimônio egípcio, mas também para o turismo cultural global. Eissa Zidan, diretor-geral de restauração preliminar e transferência de antiguidades, descreveu o projeto como um “presente para o mundo”, reafirmando seu compromisso em tornar o museu um espaço de aprendizado e exploração da rica tapeçaria da história dos antigos egípcios, uma herança que deve ser preservada e celebrada.