O conflito entre os dois grandes nomes do hip-hop, Drake e Kendrick Lamar, atingiu um novo patamar quando Drake alegou que a Universal Music Group (UMG) e a plataforma de streaming Spotify manipularam os números da nova diss track lançada por Lamar, intitulada “Not Like Us”. A disputa, que já vem se arrastando há anos e vem sendo alimentada por indiretas e músicas de resposta, agora ganha contornos legais com acusações sérias.
No início desta semana, a Frozen Moments, a empresa de Drake, protocolou um pedido em um tribunal de Nova York. Nele, a equipe do rapper canadense alega que UMG, o selo ao qual ambos os artistas estão vinculados, lançou uma reforma de marketing que tinha como objetivo manipular as plataformas de streaming e as ondas de rádio para garantir que “Not Like Us” se tornasse viral, utilizando “bots” e acordos de pay-to-play. Essa estratégia, segundo Drake, não só distorceu a popularidade do single, mas prejudicou sua própria imagem como artista no processo.
A resposta oficial da UMG à alegação foi de que as afirmações são “ofensivas e falsas”. Enquanto Drake é associado à Republic Records, uma subsidiária da UMG, Kendrick se encontra vinculado à Interscope Records, outra divisão do gigante da música. O contexto desta disputa se agrava após o lançamento surpresa do álbum GNX por Lamar, que vem recebendo aclamação crítica e comercial. Este lançamento também antecede sua participação no famoso show de intervalo do Super Bowl 2025, aumentando a pressão em cima da situação.
A música “Not Like Us” tem sido um dos grandes destaques do ano, tendo ficado duas semanas no topo da lista geral da Billboard Hot 100, além de passar 20 semanas no primeiro lugar da lista Hot Rap Songs. O single está indicado para cinco prêmios Grammy, incluindo de canção e gravação do ano, consolidando seu status como um hino cultural e muito mais do que uma simples diss track.
Kendrick Lamar lançou o hit em maio, em um momento em que a rivalidade entre os rappers se aquecia novamente, após meses de alfinetadas e faixas de retaliação. Na letra, ele aborda diretamente Drake, incluindo acusações de pedofilia e apropriação cultural. Produzida por DJ Mustard, a música quebrou recordes de streaming, e o veredicto popular entre os ouvintes parece ter declarado Kendrick como o vencedor dessa batalha de rimas.
A rivalidade entre os dois começa lá em 2013, quando Kendrick, que já havia colaborado com Drake e aberto seus shows, usou sua participação na música “Control” para criticar abertamente um grupo de MCs, incluindo Drake. Se a história nos ensina alguma coisa, é que, em um mundo onde as batalhas de egos e a indústria da música estão entrelaçadas, as lutas pelas coroa e a aclamação se tornam cada vez mais intensas e multifacetadas.
À medida que essa disputa legal se desenrola, é evidente que tanto Drake quanto Kendrick permanecem comprometidos em dominar a cena musical, mesmo que isso signifique afrontar um ao outro publicamente. Qualquer que seja o resultado, uma coisa é certa: o setor musical continuará a acompanhar cada passo dessa disputa épica.