Jean Rather, esposa do renomado ex-âncora da CBS News, Dan Rather, faleceu na última terça-feira aos 89 anos. A informação foi revelada pela família da artista, que não deixou de enaltecer o impacto de sua presença na vida de todos ao seu redor. A morte ocorreu em Austin, Texas, onde Jean estava rodeada de seus entes queridos após uma longa batalha contra o câncer.
Em uma declaração tocante, a família descreveu Jean como uma verdadeira fortaleza, sempre pronta a oferecer suporte e conselhos com sua força característica do Texas. “Jean foi uma conselheira incansável e um verdadeiro pilar em todos os momentos difíceis”, disseram seus familiares. Além disso, destacaram a habilidade de Jean em interagir com pessoas de diferentes origens e status, de líderes mundiais a cidadãos comuns, sempre mantendo um sorriso radiante e acessível.
Natural de Smithville, Texas, Jean nasceu como Jean Goebel e estava entre três irmãs. Após concluir o ensino médio, ela logo começou a trabalhar, demonstrando um espírito independente e determinado. Jean e Dan se conheceram em uma rádio de Houston e, desde então, construíram uma vida juntos que durou 67 anos, marcada por amor e companheirismo. Sua presença sempre foi uma fonte de inspiração e conforto para Dan, principalmente durante os períodos mais desafiadores de sua carreira.
Jean se destacou também como artista, suas pinturas foram exibidas em galerias e coleções particulares por todo os Estados Unidos. Ela atuou como vice-presidente da Comissão de Arte da Cidade de Nova York durante oito anos e contribuiu em várias organizações sem fins lucrativos, incluindo o Centro Wildflower Lady Bird Johnson e o Centro Harry Ransom, que preserva a herança cultural e histórica do Texas. Essa dedicação às artes e à cultura rendeu-lhe respeito e admiração no meio artístico.
Dan Rather, agora com 93 anos, dedicou 44 anos de sua vida à CBS News, onde atuou como chefe de bureau, correspondente de guerra e correspondente da Casa Branca. Ele se tornou âncora do “CBS Evening News” em 1981, sucedendo Walter Cronkite e ocupou a mesa principal por 24 anos, até sua saída em 2005. Um dos momentos mais influentes de sua carreira aconteceu em 1963, quando reportou sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy a partir de Dallas. Em uma recente entrevista, Dan recordou um conselho que recebeu de Jean no momento dessa tragédia.
“Eu não tive tempo para chorar”, confessou Rather. “Porque disse a mim mesmo que era minha responsabilidade profissional. Lembro-me de ter ligado para minha esposa Jean, que estava em Houston naquele momento, e ela me advertiu: ‘Dan, mais cedo ou mais tarde, você vai precisar fazer espaço para suas próprias emoções’”, menciona Dan com saudade, ressaltando a importância de Jean em sua vida pessoal e profissional.
Jean deixa, além de Dan, seus filhos Danjack e Robin e seu neto Andy, acompanhados por diversos outros membros da família estendida, que a descrevem como uma mãe e avó excepcional. “Ela estava sempre presente, torcendo em cada jogo, aplaudindo cada vitória, tratando de cada machucado e sendo uma conselheira e amiga incondicional para toda a família”, lembrou um dos familiares, tocando em seu papel afetivo e indivisível dentro do núcleo familiar.
O legado de Jean Rather perdurará através das memórias que deixou e das influências positivas que exerceu na vida dos que puderam conhecê-la.