Polícia de Nova York Apura Denúncias de Intimidação em Meio ao Crescente Abuso nas Redes Sociais

A recente recepção de “ameaças de morte homofóbicas” via e-mail direcionadas à esposa da estrela da WNBA, Breanna Stewart, chamou a atenção de toda a liga e gerou indagações sobre a segurança dos atletas mulheres no esporte. A esposa de Stewart, Marta Xargay, também ex-jogadora da WNBA, foi alvo de mensagens preocupantes logo após o primeiro jogo das Finais da WNBA de 2024, levando o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) a iniciar uma investigação a respeito do ocorrido. Durante uma entrevista no programa NBA Today, na terça-feira, Stewart confirmou que tanto a Liberty, time em que atua, quanto a liga estão cientes da situação alarmante que envolve a intimidação sofrida por Xargay.

De acordo com um comunicado emitido pelo NYPD, o incidente ocorreu no dia 13 de outubro de 2024, quando um e-mail com uma mensagem ameaçadora foi enviado a um familiar de um jogador da WNBA. O comunicado também indicou que a investigação está em andamento e será tratada com a seriedade que a situação demanda. Esses eventos coincidem com a frustração de Stewart durante o jogo, em que a equipe teve a oportunidade de vencer, porém ela não conseguiu converter lances livres decisivos no final do tempo regulamentar e perdeu a chance de ganhar durante a prorrogação. Embora o Minnesota Lynx tenha conquistado a vitória no primeiro confronto, a série de playoff está empatada em 1-1, com o próximo jogo programado para quarta-feira.

Stewart expressou sua preocupação ao comentar sobre como algumas pessoas vão longe demais em suas ações, afirmando que a situação de homofobia vivenciada por sua esposa é inaceitável. Em suas palavras ao programa de entrevista, a atleta sublinhou a importância de se manter a liga e a equipe informadas sobre ameaças que possam afetar a segurança dos envolvidos. “Marta enfrentou ameaças de morte homofóbicas. A maioria dessas mensagens distorcidas demonstra como situações em nosso ambiente esportivo podem tomar direções perigosas”, enfatizou Stewart. O compromisso da WNBA em combater discursos de ódio foi reafirmado através de uma declaração de um porta-voz da liga, que frisou a necessidade de um espaço seguro para os jogadores, rejeitando qualquer forma de intimidação ou assédio.

O fenômeno das ameaças e abusos dirigidos a jogadoras da WNBA não é novo, mas parece estar crescendo, como também relatado por outros atletas, como Alyssa Thomas, da Connecticut Sun. Em declarações feitas após a vitória na primeira rodada, Thomas ressaltou a gravidade dos comentários raciais que vem recebendo nas redes sociais e a falta de lugar para tais mensagens no ambiente esportivo. Essa situação não é isolada; no mês passado, a jogadora DiJonai Carrington também enfrentou reações negativas após um incidente em um jogo, levando sua namorada, NaLyssa Smith, a expor as ameaças direcionadas a Carrington em plataformas sociais.

O aumento de abusos nas redes sociais levanta questões preocupantes sobre o respeito e a segurança das atletas, que se dedicam a um esporte que deveria ser um espaço de inclusão e apoio. Stewart, por sua vez, se comprometeu a usar sua visibilidade para sensibilizar a comunidade esportiva sobre a questão, observando que a WNBA é uma das ligas mais inclusivas no mundo esportivo. “Devemos continuar a pressão para garantir que este espaço seja seguro e que qualquer forma de ódio não tenha lugar em nosso meio,” ressaltou. Em um momento em que a luta contra a homofobia e o preconceito no esporte ganha cada vez mais relevância, ações coletivas e a voz ativa das atletas são essenciais para promover a mudança e garantir um ambiente mais acolhedor e respeitoso.

Enquanto a investigação da NYPD continua, o alerta sobre a situação traz à tona a necessidade urgente de regulamentações mais firmes e uma resposta robusta contra práticas homofóbicas e abusivas em todos os níveis do esporte. A preocupação crescente não está apenas relacionada à segurança individual, mas também ao bem-estar coletivo da comunidade esportiva em sua totalidade. Em um mundo onde o esporte deveria ser um unicórnio de união e celebração, a realização de que ainda existem forças exteriores tentando dividir e ameaçar é um estímulo para a ação conjunta e a conscientização da sociedade como um todo.

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