Auli’i Cravalho, a estrela de Moana e atriz da Broadway, recentemente expressou sua indignação em relação às críticas direcionadas às atrizes Ariana Grande e Cynthia Erivo, que foram alvos de comentários negativos durante a turnê de imprensa para a adaptação cinematográfica de Wicked.

O evento que culminou em críticas se referia a momentos emocionais em que as atrizes, Erivo e Grande, se mostraram sensíveis ao compartilharem suas experiências no filme. Cravalho fez questão de esclarecer: “Ser uma criança de teatro é emocional”, afirmando que o processo criativo e as intensas gravações proporcionam experiências que geram emoções fortes e legítimas.

A atriz destacou a pressão enfrentada por aqueles que trabalham na indústria do entretenimento, especialmente em projetos que consomem tanto tempo e energia, como é o caso de Wicked, que possui uma duração de impressionantes duas horas e 40 minutos. Cravalho ainda afirmou: “Get off my girls Ariana and Cynthia’s backs. Do you understand me? Você não sabe o que é trabalhar em um filme por tanto tempo, e se você não estiver chorando depois de trabalhar com essas pessoas por tanto tempo e cantar ao vivo, me conte como você se sente.”

Esse apurado entendimento sobre a pressão psicológica e emocional foi um convite ao público para refletir sobre a maneira como consomem arte e a forma como julgam artistas sob a perspectiva de um estereótipo. A atriz ainda reforçou a importância que o contexto e o processo criativo têm sobre a mensagem transmitida na tela.

Auli’i Cravalho, que retornou ao universo de Moana para o filme Moana 2, contou sobre sua conexão com a personagem e como sua jornada continua a impactar muitas vidas, incluindo sua própria. “Eu amo essa personagem, e seu impacto continua a me surpreender”, afirmou, ressaltando a forte responsabilidade emocional que vem com a representação de figuras icônicas na cultura popular.

Além disso, a atriz compartilhou a alegria e a nostalgia de trabalhar novamente ao lado de Dwayne Johnson, seu companheiro de dublagem em Moana. “Se o nosso último filme foi sobre conectar-se com o passado, este filme é sobre conectar-se com o futuro”, enfatizou, introduzindo novos personagens que, segundo ela, irão enriquecer sua narrativa.

Recentemente, Cravalho também falou sobre o trabalho de regravação da primeira película em Ōlelo Hawai’i, uma língua nativa do Havai. “Essa língua foi proibida de ser falada por algumas gerações, e agora [Moana] está sendo usada como currículo para ajudar o renascimento dessa língua”, comemorou, evidenciando o papel da cultura e da linguagem na formação da identidade.

A batalha por representatividade e espaço para vozes diversas se torna ainda mais palpável quando se considera o sucesso de animações como Moana, que foi traduzida em várias línguas indígenas, incluindo o Te Reo Māori e o Samoano. Cravalho concluiu ao afirmar que sua personagem significa muito não apenas para ela, mas também para muitos outros, reforçando a necessidade contínua de celebrar a diversidade nas artes.

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *