A busca por respostas em relação ao desaparecimento de Angela Anderson, uma mulher de 54 anos, originária de New Jersey, ganhou novos contornos na última semana. A situação preocupante tomou forma após a mãe ter desaparecido no dia 4 de novembro, quando estava a caminho de visitar sua filha Deirdre Rice, residente na Pensilvânia. Este evento, que já é angustiante por si só, se complica devido à condição mental de Anderson, que enfrenta desafios significativos relacionados ao transtorno bipolar, paranoia e delírios.
Quando Angela decidiu visitar sua filha, havia esperanças de que a viagem trouxesse um alívio emocional em meio a um período de turbulência pessoal. Anderson, que havia retornado de uma internação de cinco semanas, comunicou a seu assistente social seu desejo de viajar até a casa de Deirdre. Contudo, a filha, preocupada com a saúde de sua mãe e seu estado mental, pediu que a visita não se concretizasse. “É um momento muito difícil”, desabafou Deirdre em entrevista, acrescentando a incerteza que cercava a vida de sua mãe; “não sei se minha mãe está viva”. Essa preocupação é refletida na dificuldade que muitos enfrentam ao lidar com a saúde mental de entes queridos.
O desaparecimento de Angela ocorreu no Trenton Transit Center, em New Jersey. Após ser vista pela última vez, a polícia local revelou que a mulher foi avistada na área do prédio do Washington Post em Washington, D.C., no dia 26 de novembro. A descrição física de Angela informa que ela possui cabelo castanho avermelhado, mede aproximadamente 1,68 m e pesa cerca de 68 kg. Com essas características em mente, as autoridades pedem que qualquer informação sobre seu paradeiro seja comunicada.
A vida de Angela tem sido marcada por uma batalha constante contra seus transtornos mentais, os quais se acentuaram após a separação do marido. Deirdre explica que os últimos cinco anos têm sido um verdadeiro “cai-não-cai” para sua mãe, uma transformação que pegou a família de surpresa. “Ela sempre foi uma mulher ativa e presente, que preparava refeições e participava ativamente das nossas vidas”, relembra Deirdre, notando a drástica mudança que ocorreu ao longo do tempo.
Após a internação involuntária e de ser liberada sob tratamento e supervisão, Angela deixou o hospital com a expectativa de reconstruir sua vida. No entanto, a decisão do assistente social, que permitiu a sua saída, não foi vista com os mesmos olhos por Deirdre, que ressaltou a falta de condições para que sua mãe pudesse viver de forma autônoma. A filha lutou para que Angela fosse para uma casa de acolhimento, mas seus esforços não foram suficientes para impedir que a situação tomasse um rumo mais alarmante.
No dia da sua partida, Deirdre recebeu uma ligação que mudaria tudo. O assistente social informou que Angela, manifestando o desejo de viajar, tinha uma mala pronta e estava a caminho da estação. Apesar de Deirdre ter alertado sobre a falta de documentos e recursos financeiros de sua mãe, a assistente alegou que Angela não apresentava perigo a si mesma ou aos outros, e portanto deveria ser liberada, um desfecho que deixou Deirdre em estado de apreensão e receio.
Passados os dias, a ausência de notícias transformou a ansiedade em desespero. No dia 5 de novembro, Deirdre registrou o desaparecimento da mãe, enquanto, uma semana depois, a polícia foi até o apartamento de Angela. O que encontraram foi preocupante: o leito da mulher estava de pé contra a parede e a geladeira cheia de alimentos estragados. Além disso, o celular de Angela foi encontrado coberto em papel alumínio. Estes sinais trouxeram à tona a deterioração em que sua saúde mental se encontrava, ignorada por aqueles que deveriam cuidar dela.
Imagens de câmeras de segurança revelaram que, após embarcar no trem, Angela havia pegado uma conexão em direção a Wilmington, Delaware, mas não possuía laços familiares ou amizades na região, o que gerou mais incerteza. “Me preocupo com a possibilidade de que esteja em uma situação vulnerável, sem saber para onde ir”, afirmou Deirdre, evidenciando o caos emocional pelo qual sua família está passando. A busca por Angela não se limita apenas à sua filha; o impacto se estende a seus outros filhos e netos, que exigem respostas e clamam por um desfecho que traga paz.
Atualmente, a família de Angela tem trabalhado arduamente para espalhar a palavra sobre seu desaparecimento, criando e distribuindo panfletos, contatando veículos de comunicação e envolvendo a comunidade em sua busca por respostas. O retrato da mulher que todos conhecem, uma mãe amorosa e engraçada, está sendo eclipsado pela sombra da incerteza. Deirdre, em sua declaração repleta de amor e desespero, expressa a mensagem que deseja enviar à sua mãe desaparecida: “Mãe, eu te amo. Sinto sua falta. Lembre-se de me ligar. Ligue agora.”
A busca pela verdade detrás do desaparecimento de Angela Anderson continua, e as esperanças de que ela retorne em segurança ainda estão vivas no coração de sua família.
Para mais informações sobre a saúde mental e suporte a famílias em crise, você pode visitar o National Alliance on Mental Illness, que oferece recursos e apoio para aqueles que enfrentam desafios relacionados à saúde mental.