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Uma operação internacional liderada pela Colômbia fez história ao capturar seis chamadas “narco subs” carregadas de cocaína, revelaram autoridades colombianas nesta quarta-feira, como parte de uma vasta operação contra o tráfico de drogas. Essa ação não apenas destaca a crescente colaboração global na luta contra as drogas, mas também revela a magnitude do tráfico que ultrapassa fronteiras e oceanos.

A operação, que envolveu 62 países, possibilitou a apreensão de mais de 1.400 toneladas de drogas, a maioria delas sendo maconha, entre 1º de outubro e 14 de novembro deste ano, conforme relata o vice-almirante Orlando Enrique Grisales, chefe do estado-maior operations da Marinha Colombiana. Esse impressionante número sublinha a urgência da situação e a necessidade de uma resposta global robusta.

Dentro desse enorme volume, estavam 225 toneladas de cocaína, sendo que 5 toneladas foram encontradas a bordo de uma embarcação semi-submersível que navegava em uma rota de tráfico marítimo que vai da Colômbia até a Austrália. Essa apreensão não só tem implicações para as políticas de segurança pública, mas também alerta sobre a crescente vulnerabilidade de países como a Austrália em relação a cartéis de drogas internacionais.

A embarcação, interceptada em águas do Pacífico, contava com combustível suficiente para chegar à Austrália, marcando essa apreensão como a terceira desse tipo já interceptada nessa rota, conforme explicou o Almirante Grisales em uma coletiva de imprensa. Essa informação se revela crucial, uma vez que evidencia o planejamento logístico dos traficantes que buscam se furtar de autoridades na busca de lucros exorbitantes.

O primeiro “narco sub” foi descoberto em águas colombianas e, graças aos mapas que levava, foi possível traçar a rota utilizada pelos traficantes. Isso levou a um trabalho conjunto com as autoridades australianas para conter essa ameaça crescente. Dito isso, contactadas pela CNN, as forças policiais australianas optaram por não fornecer comentários sobre a apreensão.

Autoridades australianas têm alertado nos últimos anos que os cartéis de drogas internacionais estão se direcionando cada vez mais para o território australiano. Uma combinação de um crescimento no uso de cocaína e alguns dos preços de rua mais altos do mundo tem fomentado um mercado ilícito extremamente lucrativo, o que gera preocupação nas autoridades quanto ao futuro da segurança pública no país.

Essa não é a primeira vez que “narco subs” são apreendidos pelas autoridades, sendo que essas embarcações passaram a ser utilizadas desde o final da década de 1990, quando os cartéis colombianos começaram a buscar formas de driblar as patrulhas da lei dos Estados Unidos no Mar do Caribe, transportando sua carga ilegal para o território americano.

A apreensão das 225 toneladas de cocaína é um feito monumental. Em um relatório deste ano, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime estimou que, em 2022, a produção global de cocaína alcançou 2.700 toneladas, um número recorde que ressalta a seriedade da crise das drogas que afeta não apenas a Colômbia, mas o mundo inteiro. Enquanto as autoridades intensificam esforços para enfrentar essa realidade alarmante, a colaboração internacional se mostra cada vez mais vital para quebrar as cadeias de abastecimento e reduzir o tráfico em larga escala que ameaça comunidades ao redor do globo.

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