O filme “Elf”, lançado em 2003, não é apenas uma comédia que se tornou um marco das festividades de Natal, mas também um verdadeiro testemunho do talento cômico do ator Will Ferrell. Interpretando Buddy, o elfo, que na verdade é um humano criado na excêntrica e mágica atmosfera do Polo Norte, Ferrell apresenta uma performance hilária que faz com que o público se questione como um homem de 1,90m pode acreditar que é um elfo. A inocência e a sobrecarga de entusiasmo de Buddy, trazidas à vida por Ferrell, resultam em momentos divertidos e emocionantes que conquistaram corações por gerações. Para celebrar essa obra-prima da comédia natalina, é preciso relembrar algumas das cenas mais memoráveis que estabelecem Ferrell como um dos comediantes mais icônicos de sua geração.
Uma das cenas mais impactantes ocorre quando Buddy descobre que é humano. Ao ouvir dois elfos em conversa, um deles diz: “Se ele não percebeu que é humano até agora, nunca vai perceber”. Neste momento, uma série de flashbacks o atinge, revelando momentos como quando ele tenta usar o maior número de sapatos elfos que não cabe no seu pé ou quando ele fica tão alto que sua cabeça é cortada da foto do coral dos elfos. A maneira como Ferrell captura a inocência e a confusão de Buddy em uma sequência hilariante está perto da perfeição.
A chegada de Buddy a Nova York é uma sequência que todos lembramos com carinho. Ao ver um guaxinim agressivo, ele tenta abraçá-lo, fazendo com que o público ria do absurdo. O choque cultural é evidente enquanto ele caminha pela cidade, saudando os transeuntes animadamente e proclamando para um café qualquer ser o “melhor do mundo”. A comédia física de Buddy, enquanto pula nos faixas de pedestres e é atropelado por táxis, mostra a inocência de um elfo em um mundo muito mais cinzento que o seu lar.
A cena em que Buddy surpreende seu pai, Walter Hobbs, em seu local de trabalho é outro grande momento cômico. Vestido em seu traje de elfo, ele é confundido com um mensageiro de Natal, e seu pai, que é um executivo rigoroso, quer que ele saia rapidamente. O ponto culminante da cena ocorre quando Walter pede a seu secretário que chame a segurança e Buddy responde: “Eu também gosto de sussurrar!” A combinação do entusiasmo de Ferrell e a seriedade do pai cria um contraste hilário.
A curiosidade de Buddy sobre o mundo do shopping é demonstrada quando ele encontra as grandes instalações do centro comercial. Sua exclamativa admiração por um banheiro, gritando que “são ginormous!” enquanto tenta navegar em um mundo fora de seu conhecimento é simplesmente contagiante. Em seguida, a famosa rixa que Buddy tem com um Papai Noel de shopping é prova da ingenuidade e da dedicação de Buddy à verdadeira magia do Natal. Ao arrancar a barba do mau caráter, ele incita o riso em seus compromissos de garantir que ninguém seja enganado.
Cada cena cujo doloroso questionamento sobre a realidade humana de Buddy é exposto é marcada pela habilidade espetacular de Ferrell em retornar, sempre com uma nova inocência. Quando seu pai o leva ao médico para avaliar sua saúde mental, Buddy introduz-se como “um humano criado por elfos”. A falta de entendimento das normas sociais por parte de Buddy faz com que o filme se destaque por sua originalidade e humor.
A interação familiar de Buddy com sua nova família durante o jantar é repleta de entretenimento e emoção. Enquanto ele faz uma pergunta simples que geraria um risinho, “tem açúcar na calda?”, e se serve de uma imensa quantidade de refrigerante, os espectadores estão encantados com seu desejo sincero de pertencer. Ferrell, por meio do personagem, é capaz de mesclar momentos de uma vida de tradições com comportamentos que são um tanto escandalosos, como sua interação e apresentação das “quatro principais categorias de alimentos”, que incluem “doces, canes, doces de milho e xarope”. O contraste é hilário e, ao mesmo tempo, adorável.
A cena onde Buddy tenta fazer o café da manhã para sua nova família ilustra a entrega e a dedicação do personagem, pois ele não só prepara um prato excêntrico de macarrão com xarope, mas também apresenta um itinerário de atividades que incluem a criação de anjos de neve. A interpretação de Ferrell nesta parte é um espetáculo, com um toque de desgosto e confusão quando sua família não compreende sua magia. Esse golpe emocional é equilibrado com um humor inconfundível.
Nos momentos em que Buddy vai trabalhar com seu pai, seus comentários divertidos e a constante repetição do clássico bordão “Buddy, o elfo!” ressoam em cada canto do cenário. O abismo entre a seriedade do ambiente corporativo e sua expectativa infantil proporciona um riso incontrolável. Como ele se melindra e gagueja ao tomar seu primeiro café preto, nós, como público, sentimos cada gota das desventuras e alegrias que Buddy traz consigo.
Finalmente, a cena hilariante em que Buddy toma conta do departamento de correios ressalta a capacidade de Ferrell para transformar qualquer lugar em um espaço festivo. Sua visão do local semelhante a “Santa’s Workshop”, enquanto ele se encanta com os tubos pneumáticos, à la um verdadeiro elfo, é um momento onde a inocência de Buddy ilumina o espaço, mesmo que ele se encontre em um ambiente de trabalho sombrio. A dança improvisada de Ferrell cria uma mistura absolutamente deliciosa entre a comédia física e a pureza do Natal, mostrando um Buddy que sempre busca seu lugar no mundo.
Essas cenas nos lembram por que a performance de Will Ferrell como Buddy, o elfo, é uma verdadeira joia no gênero da comédia natalina. Sua habilidade de encontrar humor nas pequenas coisas mantém viva a chama da inocência e do espírito natalino que “Elf” traz a todas as idades.
Para mais informações sobre o filme “Elf” e sua influência na cultura pop, visite o site oficial do filme.