Em um incidente comovente e alarmante, um esmagamento de torcedores ocorreu durante uma partida de futebol em Nzérékoré, na Guiné, resultando em diversas vítimas. O primeiro-ministro Bah Oury confirmou a gravidade da situação em uma declaração à imprensa, enquanto vídeos que circulam nas redes sociais retratam a cena angustiante de torcedores tentando escapar de um estádio superlotado. Se existe algum consolo em uma tragédia assim, é a solidariedade que emerge em meio ao caos, mas a dor e a perda são inegáveis.
A partida, disputada entre os times de Labé e Nzérékoré, foi marcada por um tumulto significativo, que gerou preocupação não apenas entre os torcedores presentes, mas também entre as autoridades responsáveis pela segurança. O primeiro-ministro Oury expressou seu pesar pelo que classificou de “incidentes que mancharam a partida de futebol”. Oury também destacou que os serviços de emergência estão preparados para atender os feridos e fez um apelo à comunidade por calma e prudência, a fim de evitar a obstrução dos serviços hospitalares.
Em sua declaração, o primeiro-ministro confirmou que “vítimas foram registradas durante o esmagamento”. Contudo, até o momento, as informações sobre o número exato de vítimas continuam incertas. A mídia local, como o site Mediaguinee, citou várias mortes, incluindo de menores, enquanto outros relatos mencionam dezenas de fatalidades, conforme testemunhos de um médico anônimo que estava presente no local.
Ocláro Oury afirmou que as autoridades locais foram instruídas a restaurar a “tranquilidade social” na cidade. Testemunhos indicam que a confusão se intensificou após uma série de decisões polêmicas da arbitragem, que, somadas à agitação da multidão, culminaram em um tumulto generalizado, forçando os torcedores a buscarem desesperadamente uma saída.
Um vídeo geolocalizado por fontes de informação demonstra torcedores escalando um muro na tentativa de deixar rapidamente o estádio em Nzérékoré, que se localiza no sudeste da Guiné, gerando uma atmosfera de desespero e pânico. A situação dentro do estádio parece ter se tornado insustentável, com a aglomeração levando a um caos em que a segurança dos torcedores não pôde ser garantida.
As autoridades estaduais afirmam estar monitorando o desenvolvimento da crise, com foco em garantir a assistência médica necessária. Para o primeiro-ministro, é imprescindível que a população mantenha a calma e que os serviços hospitalares consigam operar sem dificuldades, já que nesta hora a assistência medicamentosa é vital para os feridos.
CNN não conseguiu verificar informações sobre a quantidade total de feridos ou falecidos, mas relatos de fontes locais têm preenchido o campo de incerteza com números alarmantes. Informações de um outlet local indicam que este evento esportivo fazia parte de um torneio organizado pela junta militar que atualmente governa a Guiné e que tem sido objeto de críticas e controvérsias. O torneio visa apoiar a candidatura do atual líder Mamady Doumbouya, que assumiu o poder em um golpe de estado em 2021.
Doumbouya, que agora se prepara para uma possível candidatura nas eleições previstas para 2025, é uma figura que ilustra a instabilidade política que tem assolado a região desde 2020, com pelo menos oito golpes de Estado ocorrendo em diversas nações da África Ocidental e Central. O cenário é desolador em uma região rica em recursos, mas permeada pela pobreza e pela incerteza política.
À medida que as notícias sobre a tragédia se espalharam, questões sobre a segurança em eventos esportivos começaram a ser levantadas novamente. A comoção em Nzérékoré não é um caso isolado e traz à tona a necessidade urgente de que as organizações esportivas e os governos reforcem os mecanismos de segurança para garantir que tragedias dessa magnitude não se repitam no futuro.
A população de Nzérékoré e de toda a Guiné agora aguarda mais informações e medidas concretas das autoridades competentes. O desejo de um futuro mais seguro e menos propenso a tragédias deveria ser a prioridade em meio à dor e à perda que a comunidade enfrenta neste momento difícil.
