Em um mercado cada vez mais atento à importância da segurança na nuvem, a startup de cibersegurança Upwind confirma que está em um excelente momento de crescimento. Após semanas de especulações, a empresa anunciou que finalizou uma rodada de investimento Série A, levantando a impressionante quantia de $100 milhões e alcançando uma avaliação total de $900 milhões após o investimento.

O investimento é liderado pela Craft Ventures, companhia de investimentos fundada por David Sacks, que conta com a participação de outras instituições notáveis, como TCV, Alta Park Capital e vários dos investidores anteriores da Upwind. Entre os patrocinadores do passado, destacam-se nomes relevantes no setor, como Greylock, Cyberstarts, Leaders Fund, o Sheva Fund de Omri Casspi, e o fundo de investimento de Stephen Curry, Penny Jar. Com esta nova rodada, a Upwind já levantou um total de $180 milhões desde seu início, e a avaliação atual triplica a quantia obtida em sua rodada inicial.

A Upwind, que tem sua sede em Nova York, planeja utilizar os recursos adquiridos para expandir sua equipe, que atualmente conta com aproximadamente 150 funcionários. Os planos incluem dobrar esse número, com foco particular em regiões como a Área da Baía, Islândia, Reino Unido e Israel, priorizando áreas de vendas e marketing, essenciais para consolidar sua posição no mercado. Além disso, a empresa continuará com o desenvolvimento de seu plataforma inovadora de segurança, que se concentra na segurança “runtime”, priorizando alertas e esforços de remediação em tempo real diante de ameaças e vulnerabilidades que afetam serviços ativos.

O desafio da segurança em ambientes de nuvem é evidente. Organizações frequentemente são bombardeadas por uma avalanche de alertas de segurança em suas redes, e a Upwind afirma que sua tecnologia é capaz de reduzir esses alertas em até 90%, concentrando-se apenas nos mais relevantes. Atualmente, a empresa cobre uma gama abrangente de serviços de segurança, incluindo gerenciamento de postura de segurança em nuvem (CSPM), plataformas de proteção de carga de trabalho em nuvem (CWPP), resposta e detecção de nuvem (CDR), segurança de APIs, gerenciamento de vulnerabilidades, segurança de identidade e segurança de containers.

O valor atual da Upwind indica o crescente interesse dos investidores em soluções de segurança na nuvem, um fenômeno impulsionado pelo aumento da adoção de tecnologias de nuvem entre desenvolvedores corporativos e diretores de segurança (CISOs). A transformação digital tem exigido que as empresas se adaptem rapidamente, e a computação em nuvem tornou-se uma ferramenta indispensável. Contudo, essa expansão também trouxe à tona um campo fértil para riscos e vulnerabilidades de segurança.

Com o aumento dos pontos de ataque — a periferia dos sistemas de uma organização, que incluem dispositivos, aplicações, infraestrutura de rede e conectividade com parceiros — as empresas se veem em um labirinto de complexidade. À medida que mais componentes são adicionados, removidos ou atualizados, surgem vulnerabilidades inadvertidas que podem ser exploradas por hackers maliciosos. Portanto, cabe a empresas de segurança na nuvem encontrar maneiras de se manter um passo à frente e proteger tanto usuários quanto empresas.

A Upwind se junta a um número crescente de startups e empresas consolidadas que estão desenvolvendo ferramentas para a segurança na nuvem. Nomes proeminentes no setor incluem Wiz, Orca, Palo Alto Networks e Check Point, todas empenhadas em oferecer soluções eficazes diante de um cenário ameaçador.

O otimismo que cerca a Upwind também é reforçado pela recente mudança do clima de negócios, que tem mostrado um grande apetite por investimentos em startups de sucesso. A Wiz, que se auto-denomina uma das startups de mais rápido crescimento nos últimos tempos, recusou uma oferta de $23 bilhões do Google, acreditando que pode alcançar um valor ainda maior de forma independente. Amiram Shachar, fundador e CEO da Upwind, acredita que o foco da empresa em alertas em tempo real oferece uma vantagem competitiva única em relação aos concorrentes. No entanto, a Upwind também se mostra disposta a expandir sua abordagem para incluir alertas preditivos. Em entrevista, Shachar mencionou que parte do investimento será direcionada para “alcançar alguns fundamentos da segurança na nuvem”. Ele afirmou: “Até o final deste ano e no próximo, estaremos avançando em direção à segurança com inteligência artificial e prevenção avançada, atuando sobre o código e suas dependências, para trazer ainda mais fidelidade à plataforma.”

Dado o aumento constante de violação de dados, investidores demonstram confiança de que haverá espaço para mais empresas e inovações nos próximos anos. Morgan Gerlak, parceiro da TCV, expressou: “A segurança na nuvem ainda está em seus estágios iniciais. Ao longo da próxima década, acreditamos que se tornará o mercado mais importante em segurança. Também acreditamos que a demanda por segurança em nuvem migrará para o runtime. A Upwind temporizou seu produto de forma excepcional, e Amiram e sua equipe têm um grande potencial à frente.”

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