Harvey Weinstein foi levado de volta ao Hospital Bellevue para “tratamento emergente” após um “resultado alarmante” em um exame de sangue, conforme anunciado por seu porta-voz e advogado.
Em declaração, o advogado de Weinstein, Imran H. Ansari, afirmou que o ex-mogul do cinema “tem sofrido com a falta de cuidados médicos adequados e suportando condições deploráveis e desumanas na Ilha Rikers”. Ele destaca que a transferência para o hospital se deu devido a um resultado de exame que requer urgente atenção médica e que Weinstein deve permanecer hospitalizado até que sua condição se estabilize. Isso, segundo ele, não é apenas uma forma de negligência médica, mas uma violação dos direitos constitucionais do cliente.
A saúde de Weinstein tem suscitado preocupações, especialmente considerando que ele está enfrentando uma série de problemas de saúde, sendo diagnosticado recentemente com leucemia. Juda Engelmayer, porta-voz de Weinstein, corroborou as alegações, afirmando que o ex-produtor “tem sido privado da atenção médica necessária em sua condição, o que, em muitos aspectos, é um tratamento cruel e incomum”.
Nos últimos meses, Weinstein tem enfrentado a pressão de uma série de acusações que o colocam em uma posição vulnerável. Ele é acusado de três crimes sexuais e recentemente foi indiciado por uma nova acusação que gira em torno de um ato sexual criminal em primeiro grau. Ele se declarou inocente e, se condenado, pode enfrentar até 25 anos de prisão. Além disso, Weinstein está aguardando um novo julgamento sobre as acusações previamente resolvidas que foram anuladas em abril passado, após sua condenação em 2020 ser revertida. O tribunal ainda não marcou uma data exata para o julgamento, embora os promotores estejam sugerindo que pode ocorrer em 1º de abril.
Em setembro, Weinstein havia sido hospitalizado após passar por uma cirurgia cardíaca de emergência, mas mesmo assim compareceu a audiências judiciais subsequentes. Uma carta do médico de Weinstein, enviada em julho, advertia que ele estava sofrendo de fluido no coração e nos pulmões, estenose espinhal, degeneração macular e níveis elevados de açúcar no sangue devido ao diabetes, agravados pela dieta pobre disponível na Ilha Rikers.
A situação de Harvey Weinstein levantou debates acalorados sobre o tratamento de prisioneiros e os direitos dos condenados. Enquanto alguns defendem que os riscos à saúde em ambientes como a Ilha Rikers são inadmissíveis, outros questionam a responsabilidade de Weinstein em sua própria condição de saúde. Qualquer que seja a perspectiva, a reentrada de Weinstein nos holofotes — agora por razões totalmente diferentes das que o tornaram famoso — certamente continua a atrair a atenção do público.
Por fim, o caso de Weinstein é um lembrete sombrio de que as questões de justiça e direitos humanos se entrelaçam de maneira complexa com histórias individuais, especialmente na esfera do crime e da punição. Este é um tema que promete ressonância em futuras discussões, não apenas dentro do sistema judicial, mas também na esfera pública, conforme o universo do entretenimento se vê envolto em dilemas éticos e morais que desafiam a sociedade.