No último fim de semana pós-Thanksgiving, o zoológico Living Desert Zoo and Gardens, localizado em Palm Desert, Califórnia, anunciou a morte de Zoya, uma leopardesa Amur de 21 anos, considerada uma das mais velhas de sua espécie em cativeiro. Segundo informações divulgadas pelos responsáveis pelo zoológico, Zoya não era apenas uma integrante querida da família do zoológico, ela também cativou o coração de visitantes de várias partes do mundo. A morte desse animal emblemático acende um alerta sobre a posse, cuidado e conservação de espécies em extinção, especialmente em um momento em que o futuro dos leopardos Amur está tão ameaçado.
Leopardos Amur são considerados criticamente ameaçados, com estimativas que indicam que atualmente há menos de 90 indivíduos sobreviventes na natureza. De acordo com dados da organização World Wildlife, esses grandes felinos normalmente vivem de 10 a 15 anos em estado selvagem, e alcançam até 20 anos quando em cativeiro. A longevidade de Zoya, que superou as expectativas de vida esperadas para sua espécie, é um testemunho não apenas de sua condição de saúde, mas também do excelente cuidado recebido de sua equipe dedicada no zoológico.
A confirmação do falecimento de Zoya não foi acompanhada de uma data específica, mas o zoológico compartilhou fotos de mensagens manuscritas de homenagens deixadas por visitantes que desejavam prestar tributo à leopardesa querida. Em um comunicado oficial, a equipe do zoológico fez uma reflexão emocionante sobre o legado de Zoya, expressando que ela inspirou inúmeras pessoas a desenvolverem uma paixão pela vida selvagem e pela conservação, assim como trouxe atenção a uma espécie criticamente ameaçada e alegria a todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O zoológico também destacou o trabalho excepcional da equipe de cuidados que, dia após dia, proporcionou um elevado padrão de bem-estar para Zoya.
Após a morte da leopardesa, os funcionários pediram aos visitantes que honrassem a memória de Zoya através da apreciação das pequenas coisas da vida, algo que ela sempre fez. A equipe incentivou todos a passarem um tempo observando a natureza, brincando e valorizando os momentos de tranquilidade durante o dia. Curiosamente, uma semana antes da divulgação do falecimento, o zoológico tinha compartilhado uma postagem dedicada a “Celebrar Nossas Garotas Douradas”, onde Zoya era mencionada junto com outros animais mais velhos e estimados, incluindo uma águia-dourada de 30 anos chamada Olympia, e Dadisi, uma girafa de 22 anos, considerada a matriarca do rebanho do zoológico.
Zoya fez parte da família do Living Desert por quase uma década e era descrita como possuindo uma presença calma e majestosa. Seu treinamento incluía o ato de beber sob comando, o que não somente contribuía para sua saúde geral, mas também facilitava procedimentos médicos estressantes. Os veterinários do zoológico acompanhavam de perto a saúde de Zoya e seus níveis de desconforto, decididos a garantir que sua qualidade de vida estava sempre em um nível alto. Apesar de sua idade e da diminuição de sua função renal, Zoya mantinha-se muito ativa e ágil, navegando com facilidade por seu belo habitat e frequentemente se exibindo em saltos altos.
Com a morte de Zoya, o Living Desert Zoo and Gardens não apenas enfrenta a perda de um animal amado, mas também um chamado à ação para a preservação dos leopardos Amur, que estão sob grande ameaça na natureza. A importância da conservação desses felinos não pode ser subestimada, especialmente em um contexto de crescente urbanização e destruição de habitat. Espera-se que a história de vida de Zoya inspire tanto os visitantes do zoológico quanto a comunidade em geral a se tornarem mais conscientes sobre a situação dos animais em extinção e a importância da conservação. Ao refletir sobre sua vida, todos são convidados a lembrar que cada pequeno gesto em prol da preservação da vida selvagem pode ter um impacto significativo.