Na última terça-feira, a nova zelândia foi abalada pela notícia do desaparecimento de três escaladores, dois americanos e um canadense, que não retornaram de uma expedição planejada ao Aoraki, o pico mais alto do país. As autoridades locais confirmaram que os homens, todos experientes em montanhismo, deixaram equipamentos durante a ascensão, levantando preocupações sobre seu bem-estar.
Os escaladores foram identificados como Kurt Blair, de 56 anos, natural do Colorado, e Carlos Romero, de 50 anos, da Califórnia, ambos da associação dos guias de montanha norte-americana. O terceiro membro do grupo, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades por motivos de notificação a sua família, é esperado que também esteja em situação crítica, conforme as informações divulgadas. De acordo com um comunicado da polícia neozelandesa, as buscas foram iniciadas depois que os escaladores não apareceram para o transporte combinado pós-expedição.
A Silverton Avalanche School, uma instituição de montanhismo no Colorado, publicou em sua página no Facebook que as autoridades neozelandesas informaram que os escaladores “parecem ter sofrido uma queda fatal a grandes altitudes”. Em um gesto de solidariedade, a escola lamentou a perda de Kurt Blair, enfatizando a seriedade da situação.
Os três homens, que iniciaram sua jornada no último sábado, haviam voado para um abrigo em um ponto elevado do Aoraki e estavam programados para descer na segunda-feira seguinte. Durante as buscas, equipes de resgate localizaram itens relacionados à escalada, supostamente pertencentes a eles, mas permaneciam sem vestígios de qualquer dos escaladores até que a operação fosse suspensa temporariamente diante de condições climáticas adversas.
As autoridades enfrentaram um desafio adicional, já que o clima em Aoraki, também conhecido como Monte Cook, começou a piorar, com forte previsão de chuvas e neve. Por conta disso, as buscas foram suspensas na terça-feira, com uma expectativa de recomeço apenas na quinta-feira, quando as condições estão previstas para melhorar. “A polícia está em contato com as embaixadas dos EUA e do Canadá para fornecer assistência e apoio às famílias dos desaparecidos”, informou um porta-voz da polícia.
Aoraki, com seus 3.724 metros de altura, é uma das maiores atrações turísticas da Nova Zelândia, sendo considerada um dos destinos favoritos entre os escaladores experientes. Suas características exigem um domínio técnico considerável devido aos perigos particulares como fendas, risco de avalanche, variações climáticas e movimentos glaciais. Aliás, mais de 240 mortes foram registradas na montanha e em seu parque nacional desde o início do século XX, o que testemunha a frágil relação entre humanos e a natureza imponente que carregam. Atualmente, o local continua a atrair tanto turistas quanto escaladores em busca de desafios e aventuras com os devidos cuidados. A situação delicada que envolve os escaladores desaparecidos reascende o debate sobre a segurança em atividades de montanha e a necessidade de preparações adequadas para a exploração desse ambiente extremo.