Laura Benanti, reconhecida atriz da Broadway, recentemente expressou seus sentimentos controversos sobre seu colega de palco Zachary Levi, em um episódio do podcast That’s a Gay Ass, exibido em 4 de dezembro. Com uma sinceridade cortante, Benanti não hesitou em compartilhar suas reservas pessoais sobre Levi, enfatizando como ele lidou com o luto da morte de Gavin Creel, outro ator do elenco. Essa discussão instiga reflexões sobre a ética no uso de tragédias pessoais e de vocações artísticas à mercê de interesses políticos.
Durante o podcast, Benanti, de 45 anos, declarou de forma contundente: “Eu nunca gostei dele”, referindo-se a Levi, que tem 44 anos. “Todo mundo dizia: ‘Ele é tão incrível!’ E eu pensava: ‘Não, ele não é. Ele está sugando toda a energia da sala. Ele quer explicar o papel de todo mundo’.” As palavras da atriz surpreendem, especialmente à luz da convivência de ambos como colegas em um ambiente criativo. Em sua narrativa, Benanti parecia relatar a pressão de uma personalidade dominante, dizendo que ela não compartilhava do entusiasmo pelo que Levi chamava de “energia da festa”.
De acordo com Benanti, Levi tentou promover festas de dança após as performances. Ela afirmou: “Ele realmente absorveu todo mundo com sua energia para festas de dança”, indicando que essa abordagem não lhe agradava. Ela disse que, em resposta à proposta de uma das festas, sentiu-se alheia: “Eu disse: ‘Boa sorte. Divirtam-se.'” Este relato evidencia a dinâmica de grupo muitas vezes complexa e, em certos ambientes artísticos, pode criar divisões sutis entre colegas.
Entretanto, o que realmente abalou Benanti foi a maneira como Levi lidou com a morte de Gavin Creel, que ocorreu em 30 de setembro aos 48 anos, após lutar contra uma forma rara e agressiva de câncer chamada sarcoma de bainha nervosa periférica melanótico metastático. Esta doença, que se manifesta em tecidos moles como músculos e nervos, foi diagnosticada em Creel somente alguns meses antes de sua morte, em julho. A rápida progressão da doença e o impacto deixado por Creel no mundo do teatro foram profundos.
Após a morte de Creel, Levi fez uma transmissão ao vivo no Instagram onde, segundo informações, insinuou que a morte de Creel poderia ter relação com a vacina contra a COVID-19. Esse comentário gerou polêmica e descontentamento, especialmente entre as pessoas que conheciam Creel e sua situação médica. Benanti não poupou palavras para criticar Levi por essa insensibilidade, afirmando: “Para [Levi] usar [a memória de Creel] — uma pessoa com quem ele não era amigo — para seu interesse político e vê-lo tentar fazer uma lágrima escorrer, que ele não limpou, eu fiquei pensando: ‘Dane-se você para sempre’.” Este desabafo revela uma falta de empatia que Benanti considera inaceitável em momentos de luto.
A atriz também se referiu ao futuro de Levi no mundo do entretenimento, sugerindo que suas visões políticas conservadoras podem, de fato, beneficiá-lo em sua carreira. “Todo mundo fala que isso é um suicídio profissional. Mas não é porque televisão e cinema cristãos e baseados na fé são enormes”, comentou Benanti. “Ele será uma estrela por lá e vai ganhar mais dinheiro do que nunca.” Embora a declaração final pareça contraditória ao tom geral de sua crítica, ela reflete uma percepção pragmática sobre as tendências no entretenimento atual e como a polarização política pode abrir portas em determinados nichos de mercado.
O incidente desencadeou discussões nas redes sociais sobre a responsabilidade dos artistas na forma como se posicionam em relação a questões delicadas, como o luto e a morte, especialmente quando a exploração dessa dor parece ter motivações ocultas. A presença de Levi e outras figuras públicas em debates políticos acirra ainda mais a consciência sobre como a arte deve ser utilizada como voz crítica, mas também deve respeitar as lutas e as memórias de quem partiu.
Enquanto isso, as equipes de comunicação de Levi ainda não se pronunciaram sobre os comentários de Benanti, que podem ter repercussões em sua imagem pública no futuro.
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