Enquanto seu filme ‘Moana 2’ quebrava recordes de bilheteira, arrecadando **$225,2 milhões** em sua estreia de cinco dias e se tornando a melhor abertura de Ação de Graças de todos os tempos, Dana Ledoux Miller, diretora e roteirista do filme, estava em uma loja Target.
“Eu estava de moleton e buscando minha árvore de Natal com meus filhos. Existe uma desconexão tão grande entre o que está acontecendo na bilheteira e a vida real”, ri Miller, que ainda acrescenta que seu filho de quatro anos adormeceu na estreia do filme. “Você gasta tanto tempo fazendo algo para que as pessoas vão ver, e então de repente, tantas pessoas estão vendo isso.”
Quando o primeiro ‘Moana’ foi lançado nos cinemas em 2016, Miller era escritora de televisão em séries como ‘The Newsroom‘, ‘Narcos‘ e ‘Designated Survivor.’ Ela, que é de origem samoana e se formou na Universidade do Havai antes de se mudar para Los Angeles, lembra que a primeira vez que viu o filme foi em um momento radical em sua vida.
“Eu também estava grávida de seis meses do meu primeiro filho, e eu só me lembro da luz se apagando, e as primeiras palavras estarem em samoano, e eu simplesmente comecei a chorar.” Para Miller, isso representou uma mudança importante na indústria de entretenimento. “Eu conversei com tantas pessoas, dizendo, ‘Eu sou samoana, há tantas histórias a serem contadas!’ E era como se olhassem para mim em branco.”
Anos depois, em 2022, Miller foi contatada para trabalhar na versão live-action do filme Moana, e acabou escrita e co-dirigindo a nova animação, exclusivamente para o cinema. A vontade de contar sua história e da cultura haveria agora ganhado uma nova perspectiva com o lançamento de Moana 2.
‘Moana 2’ vai além, com a protagonista recebendo um chamado ancestral para navegar em busca de levantar uma maldição que tem mantido os povos da Oceania separados. “Se no primeiro filme ela se conecta ao seu passado, nesta sequência ela procura novas conexões”, diz Miller.
Depois de um lançamento performático, o filme já está debatendo a possibilidade de uma sequência, e Dana expressou o desejo de que a história de Moana continue. “O primeiro filme é muito uma história polinésia, mas o Pacífico é composto de tantas culturas e povos, abrir o inteiro oceano é cheio de possibilidades para futuras narrativas”, conclui a diretora cheia de esperança.