A história de Jennifer McNeill, mãe de duas crianças e residente em Gourock, na Escócia, ilustra os desafios que muitas mulheres enfrentam ao buscar diagnóstico para doenças graves como o câncer. Tudo começou quando ela começou a sentir dores nas costas, que inicialmente atribuía a uma possível distensão muscular causada pelo esforço de levantar seus filhos, Millie e Aidan. A princípio, os médicos recomendaram que ela buscasse terapia física, no entanto, a dor persistiu, levando Jennifer a procurar tratamento particular. Uma ressonância magnética revelou que havia duas fraturas em sua coluna, mas a situação se agravaria ainda mais. Em breve, ela se viu incapaz de urinar e a dor se intensificou a ponto de afetar sua mobilidade, dificultando até mesmo o ato de caminhar.
Diagnóstico tardio e a luta contra o câncer de mama avançado
Em julho de 2021, Jennifer decidiu se internar no Inverclyde Royal Hospital, onde um tomografia computadorizada (TC) revelou um tumor cancerígeno em sua coluna. Os médicos diagnosticaram que ela estava com câncer de mama em estágio IV, uma condição que já havia se espalhado para sua coluna vertebral. A mãe expressou seu choque e devastação ao receber a notícia, já que ela nunca imaginou que pudesse ter câncer. O fato de o câncer não ter sido detectado em exames anteriores aumentou sua incredulidade, dado que em várias visitas ao hospital e consultas com médicos, nunca lhe foi dito que estava lidando com uma doença terminal.
A situação tornou-se crítica, e os médicos encaminharam Jennifer para o Ardgowan Hospice, onde sua dor foi melhor controlada. Em seus relatos, ela destacou a melhoria significativa em sua condição de mobilidade, afirmando que entrou na instituição em uma cadeira de rodas e saiu caminhando, um feito atribuído ao suporte contínuo de fisioterapia proporcionado pelos profissionais de saúde. Este tratamento intensivo permitiu que Jennifer se sentisse um pouco mais capaz de lidar com os desafios que estava enfrentando, apesar de saber que seu câncer era avançado.
Conscientização e arrecadação de fundos no mês de conscientização do câncer de mama
Enquanto luta contra a dor e a mobilidade limitada, Jennifer e sua família se mobilizaram para arrecadar fundos para cobrir os custos de seu tratamento, conseguindo levantar cerca de £30,000, aproximadamente $40,000 dólares. A necessidade de arrecadar fundos ainda persiste, evidenciando a importância de apoio financeiro em situações de saúde crítica. Com o mês de outubro dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, Jennifer optou por compartilhar sua história na esperança de alertar outras mulheres sobre a necessidade de realizar mamografias regulares. Embora os novos protocolos de saúde sugerem que as mulheres comecem a realizar exames regulares a partir dos 40 anos, a realidade é que muitas ainda enfrentam dificuldades para obter acesso a tais serviços, especialmente aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade financeira.
A mãe expressou um desejo profundo de desfrutar plenamente de sua vida para seus filhos, mesmo diante das limitações que a dor e a mobilidade impõem: “Quero viver cada dia ao máximo por meus filhos, mas isso é quase impossível devido à dor e à falta de mobilidade. Isso me destrói”, desabafou. O apoio da família e amigos tem sido inestimável em sua jornada, levando-a a refletir que se o amor pudesse curá-la, ela já estaria curada. O programa de Detecção Precoce de Câncer de Mama e Cérvico da CDC, conhecido como NBCCEDP, também oferece exames e serviços a mulheres que estão abaixo do limite federal de pobreza ou que não possuem plano de saúde, destacando a importância de proporcionar acesso equitativo à saúde.
O caso de Jennifer McNeill não é uma história isolada. É um lembrete poderoso da necessidade de diagnósticos precoces e do suporte que pacientes com câncer precisam. Por meio de sua narrativa, ela espera instigar uma reflexão nas políticas de saúde e na conscientização pública sobre a importância crítica de exames preventivos e do tratamento adequado para a saúde das mulheres. Assim, a luta de Jennifer continua, não apenas por sua própria vida, mas também pela conscientização e pela esperança de que outras mulheres não tenham que passar pelos mesmos desafios que ela enfrentou.
