Três anos após o lançamento de Spider-Man: No Way Home, Andrew Garfield se abriu sobre sua participação no aclamado filme do Universo Cinematográfico Marvel. Durante um segmento especial da Variety intitulado “Actors on Actors”, que reuniu Garfield e Ryan Reynolds, os dois astros da Marvel discutiram a volta do ator ao icônico papel, após muitos anos de incerteza e o cancelamento de The Amazing Spider-Man 3.
Garfield gravou sua participação em Spider-Man: No Way Home com uma mistura de emoções, refletindo sobre a sensação de não ter terminado seu ciclo com o personagem. Em suas palavras, ele notou uma sensação de incompletude, algo que ficou claro quando foi perguntado sobre seu retorno. “Não é que eu tenha sentido falta, mas, para mim, parecia que estava desfeito. Era como se eu tivesse sido convidado para uma festa que acabou antes do tempo, e depois eu tive que lidar com a sensação de ter sido desinvitado desse evento social”, comentou Garfield.
O ator também abordou aspectos mais profundos de sua viagem emocional ao reentrar nesta parte de sua vida, dizendo que era um processo de autoconhecimento e introspecção. Ele afirmou que este período de reflexão foi essencial, mesmo que desafiador, lhe permitindo confrontar questões pessoais relacionadas à sua própria imagem e aceitação. Para ele, foi um “trabalho de alma”.
O ator também compartilhou como essa conexão emocional com o personagem se remete a sua infância. Garfield lembrou de uma foto sua aos três anos, vestindo uma fantasia de Homem-Aranha feita pela sua mãe, um momento que simboliza a profundidade da relação que ele tem com o herói. “Esse personagem é tão importante para mim que é quase primal”, afirmou. Ao falar sobre o convite de Amy Pascal, produtora da Marvel, para retornar ao papel, ele descreveu sua experiência como um “retrato de acolhimento” e uma nova chance de finalmente fazer parte dessa “festa”.
Ele também observou que o filme abordou uma dinâmica interessante entre as diferentes versões do Homem-Aranha. Para Garfield, havia um aspecto reconfortante no fato de que, não apenas ele, mas também Tobey Maguire – que interpretou o herói em um passado mais distante – estavam de volta à tela. “A pressão estava em Tom [Holland], que tinha a responsabilidade de manter todo o universo unido”, esclareceu. Isso reforça a ideia de um esforço colaborativo entre os diferentes atores que já vestiram a roupa do Homem-Aranha ao longo dos anos, o que trouxe muito mais beleza e significado à história.
A trajetória de Andrew Garfield como Homem-Aranha gerou muito debate entre os fãs, que ainda expressam suas opiniões sobre os filmes da franquia. Garfield viu seu tempo na série ser interrompido após a má recepção de The Amazing Spider-Man 2, levando ao cancelamento do terceiro filme. No entanto, seu retorno em Spider-Man: No Way Home foi recebido com uma incrível aclamação tanto por parte da crítica quanto do público. O modelo de colaboração no desenvolvimento das histórias e personagens, assim como a maneira que a Marvel tem interligado várias narrativas, tem sido a chave para o sucesso do estúdio nos últimos anos.
Em suma, o retorno de Andrew Garfield ao papel de Homem-Aranha em Spider-Man: No Way Home não foi apenas uma questão de atuar em um filme de super-heróis; foi uma jornada de autodescoberta e reconexão com um personagem que carrega um profundo simbolismo pessoal. Garfield não só celebrou sua volta, mas também sublinhou a importância da narrativa compartilhada do Homem-Aranha, que se estende por gerações. Essa evolução do personagem, somada ao relacionamento complexo entre os diferentes atores que o interpretaram, foi, segundo ele, uma experiência única que trouxe à tona emoções que, no fundo, todos nós podemos compreender.
Para mais sobre o mundo do cinema e as histórias por trás dos filmes, visite Variety. Essa plataforma oferece uma visão em profundidade sobre o que acontece nas telonas e nas vidas dos artistas que nos emocionam.