A eleição do FIFPRO World 11 é um evento aguardado anualmente por jogadores e fãs de futebol em todo o mundo, refletindo o desempenho dos atletas da elite do esporte. A lista de 2024, que inclui os melhores jogadores do futebol masculino e feminino, gerou intenso debate e controvérsia, especialmente com a notável ausência de Lionel Messi pela primeira vez desde 2006. Muitos se perguntam se as escolhas feitas pelos votantes foram realmente acertadas e se a falta de representantes dos Estados Unidos na seleção feminina deve ser objeto de reflexão, considerando o sucesso contínuo do futebol feminino em seu território.
Fazer parte do FIFPRO World 11 não é apenas um marco na carreira de um jogador; é o reconhecimento de seus esforços por seus pares no esporte. Este ano, um número recorde de 28.322 profissionais do futebol de 70 países participaram da votação, um esforço que demonstra a capilaridade e a importância do esporte globalmente. No entanto, apesar da grande participação, as escolhas suscitaram questões pertinentes sobre a representatividade e a justiça nas seleções.
No que se refere à seleção masculina, a ausência de Lionel Messi é a principal polêmica. O astro argentino, que recentemente se transferiu para o Inter Miami, teve uma temporada marcada por destaques, incluindo um desempenho notável na Copa do Mundo de 2022, onde liderou sua equipe à vitória. Assim, sua exclusão surpreendeu muitos, levando a especulações se sua mudança para a Major League Soccer (MLS) teve algum peso na escolha dos votantes. No entanto, é importante reconhecer que a competição entre os melhores jogadores do mundo é intensa, e a presença de novos talentos também deve ser valorizada. Com nomes como Lamine Yamal, que se destacou em Barcelona, e Jamal Musiala, do Bayern de Munique, a nova geração de jogadores está ganhando espaço e notoriedade.
No que tange à seleção feminina, a ausência de jogadoras representantes dos Estados Unidos é igualmente intrigante. O USWNT não só conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris, mas também desempenhou um papel crucial na promoção do futebol feminino em nível mundial, especialmente através da National Women’s Soccer League (NWSL). Apesar desse histórico de sucesso, a falta de reconhecimento na votação do FIFPRO World 11 levanta questionamentos sobre a visibilidade e a valorização das jogadoras americanas. Além disso, a predominância de jogadoras de clubes espanhóis nas indicações femininas reforça a força da Liga F, que continua a crescer em prestígio e competitividade.
As seleções deste ano mostram uma predominância dos clubes, especialmente os espanhóis, com o Real Madrid e o Barcelona dominando as indicações, refletindo não apenas a qualidade dos jogadores, mas também a força das ligas nacionais. Isso nos leva a refletir sobre como as ligas podem influenciar as opniões dos votantes e a forma como o futebol é percebido globalmente. Contudo, o atual formato de votação, que é realizado exclusivamente entre profissionais da área, pode, ao mesmo tempo, criar um círculo vicioso onde os jogadores menos conhecidos de ligas menos populares não recebem a atenção que merecem.
Concluindo, a eleição do FIFPRO World 11 de 2024 levanta questões significativas sobre a inclusão, a representatividade e as direções futuras do futebol masculino e feminino. Atletas como Lionel Messi e as jogadoras do USWNT são símbolos do que o esporte pode alcançar, e sua ausência nas listas deste ano pode servir como um alerta para que o mundo do futebol repense suas prioridades e os critérios de seleção para as próximas edições. A questão que permanece é: estaremos dispostos a adaptar nossos critérios para garantir que todos os grandes talentos sejam reconhecidos e celebrados, independentemente de suas ligas ou movimentos dentro do esporte? Uma reflexão que todos os amantes do futebol devem fazer.
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Tags: Futebol, FIFPRO, Lionel Messi, USWNT