Embora o ChatGPT seja atualmente o aplicativo mais baixado na App Store dos Estados Unidos, o título de “Aplicativo do Ano” pertence a uma novidade no mundo da videografia: o aplicativo Kino. Lançado na primavera deste ano pela Lux, a empresa responsável pelo renomado aplicativo de fotografia Halide, Kino surge como uma ferramenta inovadora que promete revolucionar a gravação de vídeos com dispositivos móveis. Com lições integradas e funcionalidades que potencializam o uso das câmeras dos iPhones, o aplicativo se destaca em um cenário cada vez mais competitivo.

A escolha de Kino como o aplicativo do ano não foi por acaso. O app competiu com outros dois finalistas notáveis: Runna, uma plataforma projetada para personalizar planos de corrida, e Tripsy, um aplicativo voltado para a organização de viagens. Apesar do crescente interesse por aplicativos baseados em inteligência artificial, a Apple optou por não incluir essas soluções em sua lista de finalistas para o reconhecimento principal, refletindo uma escolha deliberada de destacar ferramentas que enfatizam a criatividade humana, em vez de soluções geradas totalmente por algoritmos.

No entanto, o impacto da inteligência artificial não pôde ser completamente ignorado. A Apple reconheceu aplicativos que utilizam tecnologia de IA em outras categorias, como o aplicativo Adobe Lightroom, que foi eleito o Melhor Aplicativo para Mac do Ano. O Lightroom contempla várias funcionalidades equipadas com inteligência artificial, demonstrando como a tecnologia pode ser aliada à criatividade. Além disso, o aplicativo Moises foi agraciado como o Melhor Aplicativo para iPad do Ano, disponibilizando ferramentas baseadas em IA voltadas para músicos, reforçando que mesmo no campo artístico, a tecnologia pode desempenhar um papel importante.

Essas escolhas evidenciam a intenção da Apple de ressaltar a maneira como seus dispositivos são utilizados por profissionais criativos. Ao valorizar aplicativos que promovem a expressão artística, a Apple se distancia de um enfoque exclusivo em soluções de IA, que poderia ser percebida como uma desumanização da criação artística. Entre os outros aplicativos vencedores da premiação estão Lumy, eleito o Melhor Aplicativo do Ano para Apple Watch; F1 TV, que foi o Melhor Aplicativo do Ano para Apple TV; e Disney’s What If…? An Immersive Story, considerado o Melhor Aplicativo do Ano para Apple Vision Pro.

Além disso, no segmento de jogos, a Apple também reconheceu obras notáveis, como AFK Journey, que recebeu o título de Jogo do Ano para iPhone; Squad Busters, desenvolvido pela Supercell, eleito o Jogo do Ano para iPad; e Thank Goodness You’re Here!, da Panic, que conquistou o prêmio para Mac. Outro destaque foi o jogo THRASHER: Arcade Odyssey, que levou o título de Jogo do Ano para Apple Vision Pro. O Balatro+, da Playstack Ltd, foi premiado como o Jogo do Ano no Apple Arcade.

Os editores da App Store também destacaram seis vencedores por impacto cultural, representando aplicativos que se destacaram devido a suas contribuições sociais e educativas. Entre eles, o aplicativo Oko, que facilita a navegação para usuários cegos ou com baixa visão; EF Hello, um aplicativo de aprendizado de idiomas; DailyArt, dedicado à exploração artística; os sempre populares NYT Games; The Wreck, um jogo narrativo e cinematográfico; e o aplicativo educativo Do You Really Want to Know? 2, voltado para informações sobre HIV.

Portanto, a escolha da Apple em premiar Kino como o aplicativo do ano ressalta sua ênfase em celebrações de inovação e criatividade em um contexto onde a tecnologia avança rapidamente. Enquanto a prevalência da inteligência artificial continua a crescer, ferramentas que realmente capacitam os criadores, como Kino, permanecem no centro das atenções, mostrando que o que realmente importa é a capacidade de cada indivíduo de contar uma história por meio de seus dispositivos.

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