Diretores de fotografia dos maiores e mais brilhantes filmes da temporada – ‘Gladiador II’, ‘Wicked’, ‘Dune: Parte Dois’, ‘Emilia Pérez’, ‘Nickel Boys’ e ‘Maria’ – revelam os segredos por trás de sua magia.

11 de dezembro de 2024

Seis diretores de fotografia que são destaques na competição ao Oscar deste ano se reuniram em uma conversa virtual da THR em outubro. Estando entre os maiores faróis da temporada de cinema, esses profissionais detalharam desafios distintos enfrentados ao longo do ano em projetos grandiosos, como ‘Gladiador II’, ‘Wicked’, ‘Dune: Parte Dois’, ‘Emilia Pérez’, ‘Nickel Boys’ e ‘Maria’. Eles compartilharam suas experiências, além de seu papel fundamental como contadores de histórias visuais e a evolução de seus trabalhos no cinema contemporâneo.

A discussão antes mencionada foi rica em detalhes e insights, trazendo à luz desde a interação entre as equipes de produção até as formas como cada projeto trouxe seu próprio conjunto de desafios. Por exemplo, Ed Lachman, que trabalhou em ‘Maria’, notou que sua colaboração com o diretor Pablo Larraín trouxe uma nova visão sobre a cinematografia, enquanto Greig Fraser, conhecido por sua obra em ‘Dune: Parte Dois’, falou sobre a evolução das técnicas de filmagem e a importância da iluminação no desenvolvimento do visual do filme, destacando o uso de tecnologia digital e as nuances que isso proporciona.

Os diretores abordaram também a questão desafiadora das demandas dos estúdios, que, na busca por economias, frequentemente hesitam em investir em técnicas de filmagem, como as que envolvem filmagens em película. A discussão levou a reflexões profundas sobre como as mudanças tecnológicas afetam a narrativa e a estética dos filmes atuais.

Alice Brooks, de ‘Wicked’, compartilhou sua experiência criativa no desenvolvimento dos visuais deslumbrantes do filme, enfatizando o trabalho conjunto com o diretor Jon M. Chu. Brooks afirmou que seu objetivo foi criar uma estética que se sentisse autêntica e cinematograficamente rica, ao mesmo tempo em que trazia um toque de nostalgia ao antigo estilo de Hollywood. Este foi um ponto de discussão entre todos os diretores, que enfatizaram a importância de contar histórias por meio da lente, capturando emoções e experiências que ressoam com o público. “Se não estamos capturando emoção, não faz diferença. Você pode estar lá, mas se não capturar a emoção, não importa”, disse Greig Fraser, enfatizando a importância da representação emocional em suas cinematografias.

Por fim, esses prestigiados diretores de fotografia se uniram, não apenas para discutir suas experiências e desafios, mas também para reafirmar a importância da cinematografia no contexto da narrativa cinematográfica. Com projetos que desafiam a visão convencional e criam novas oportunidades na sétima arte, tais discussões revelaram a evolução contínua desse gênero artístico, refletindo a diversidade e a complexidade das histórias que estão sendo contadas atualmente. É claro que, independentemente da tecnologia, o cerne da cinematografia sempre será a habilidade de transmitir sentido e emoção através da imagem.

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Este artigo prima pela introdução à profissão, e como reconhecer e valorizar o papel de um cinematógrafo.

ALICE BROOKS: “Cresci em Nova Iorque com um pai dramaturgo e uma mãe dançarina e cantora. Éramos muito pobres – minha mãe colocou minha irmã e eu em atuação na infância. Quando tinha 15 anos, tive minha última audição em um filme chamado ‘Enquanto Você Estava Dormindo’. Assim, decidi que queria ser cinematógrafa. Depois de uma aplicação que minha mãe entregou pessoalmente em uma escola de cinema, consegui uma bolsa de estudo.”

JOHN MATHIESON: “Meus primeiros passos foram em Londres, onde fui apresentado ao mundo do cinema. Trabalhei com videoclipes até conseguir meu espaço nos dramas. A experiência de perceber a cinematografia como uma arte me levou a amá-la profundamente.”

ED LACHMAN: “Desde cedo, sempre tive curiosidade sobre como contar histórias visualmente. Filmes como ‘Umberto D.’ de De Sica me influenciaram a entender a força das imagens e como construí-las para provocar emoções no espectador.”

GREIG FRASER: “Comecei no ensino médio me interessando pela fotografia. Ao me envolver profissionalmente, descobri que isso poderia se transformar em algo mais, envolvendo uma narrativa maiúscula e artística.”

PAUL GUILHAUME: “Sempre sonhei em realizar cinema. Cresci em Paris, e ter acesso às histórias e às referências visuais da cidade moldou meu entendimento e conexão com o que é contar uma história através da lente.”

JOMO FRAY: “A estética foi chave no meu trabalho em ‘Nickel Boys’, uma vez que cada perspectiva me desafiava a interagir com a história de uma maneira única, me colocando sempre no lugar do personagem.”

Considerações Finais: Reunidos, os diretores refletiram que a cinematografia é uma arte em evolução, e independentemente se é digital ou filmada, o que importa é a habilidade de capturar emoções e narrativas impactantes que ressoam com o público. Cada um trouxe suas experiências únicas, mas todos compartilham um objetivo comum: contar histórias que impactem e provoquem reflexão.

Este artigo foi publicado em uma edição independente da Hollywood Reporter de dezembro. Para receber a revista, clique aqui para assinar.

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