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O distribuidor de Strange Darling processou seu parceiro de marketing em relação ao desempenho decepcionante nas bilheteiras do filme. O processo, movido pela Magenta Light Productions, ocorreu na terça-feira, dia 12, no tribunal superior de Los Angeles, e busca pelo menos $10 milhões em reparação. O que foi visto como um filme promissor, misturando elementos de terror a uma narrativa não linear sobre um serial killer, acabou se tornando um campo de batalha legal.

Bob Yari, da Magenta, alega que a Spellbinder, inicialmente contratada para impulsionar a campanha de marketing do filme, falhou em contribuir com sua parte de $2 milhões gastos. O processo ressalta que a Spellbinder retiveram alguns dos valores e utilizaram fundos para comprar seguidores e visualizações nas redes sociais, criando a ilusão de uma campanha de marketing bem-sucedida.

Em um mundo onde o box office pode fazer ou quebrar uma produção cinematográfica, a situação da ‘Strange Darling’ não é apenas uma questão isolada. A Miramax financiou o filme, que estreou em agosto em mais de 1.100 telas nos EUA e arrecadou apenas $1,1 milhão durante seu fim de semana de estreia, muito abaixo das projeções financeiras para sua campanha de mídia e ampla liberação nos cinemas. Até o momento, o filme arrecadou cerca de $3 milhões, mas com um orçamento de pelo menos $4 milhões, a situação é crítica.

Após adquirir os direitos de distribuição do filme, a Magenta contatou a Global Pictures Media, uma empresa que tinha como objetivo financiar o lançamento teatral dos filmes. A Global, entretanto, fechou as portas, e os principais responsáveis pela empresa estavam levantando capital para lançar a Spellbinder, como afirmado na queixa. Assim, concordaram em dividir igualmente os gastos de marketing de $2 milhões, com a Magenta transferindo valores para a Spellbinder para iniciar a campanha.

A queixa detalha que a Spellbinder não entregou um painel contratualmente obrigatório que deveria fornecer atualizações ao vivo sobre os gastos publicitários e ainda reduziu a campanha em junho. Em seguida, a Magenta solicitou faturas para confirmar os gastos até aquele momento, vindo a descobrir que a Spellbinder trouxe a Myosin, outra agência de marketing, para ajudar na campanha.

Em julho, a Magenta foi informada que as compras de mídia descritas no contrato não haviam sido negociadas ou adquiridas, violando as cláusulas acordadas. A Spellbinder alegou que precisava de mais fundos, apesar de ser responsável por metade dos custos. A queixa ainda afirma que a Myosin, mencionada no processo, misturou os fundos com a Spellbinder, indicando que ambas as empresas operam como uma única entidade, separando-se apenas para evitar responsabilidades legais.

Além disso, a Magenta acusa a Spellbinder de ter comprado seguidores no Instagram, a fim de simular uma campanha de marketing eficaz. Curiosamente, a plataforma identificou quase 25.000 dos 27.000 seguidores do filme como prováveis robôs, de acordo com a queixa. “Além disso, parece que a Spellbinder comprou visualizações de vídeos postados na conta do YouTube da reclamante. Esses vídeos possuem um grande número de visualizações, mas envolvimento extremamente limitado”, afirma o processo.

Como a situação se desenrola nas salas de tribunal, tanto a Magenta quanto a Spellbinder não comentaram sobre os detalhes do processo até o momento. A indústria cinematográfica continua observando de perto, à espera de um desfecho que possa não apenas impactar os envolvidos, mas também ecoar em futuras parcerias no contexto já complicado da promoção de filmes.

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