A NeuBird, uma startup emergente com foco na automação de operações de confiabilidade de sites de TI, acaba de receber um investimento significativo de $22,5 milhões na forma de uma extensão de ronda de investimentos semeados. A nova rodada foi liderada por M12, o fundo de capital de risco da Microsoft, e também contou com a participação de investidores como Mayfield, Stepstone Group e Prosperity7 Ventures. Com esse movimento, a NeuBird, fundada no final do ano passado por Gou Rao e Vinod Jayaraman, não só reafirma sua posição no mercado, mas também estabelece um caminho promissor para expandir suas operações e impactar empresas que utilizam a nuvem Azure.
Antes de embarcarem na jornada com a NeuBird, Rao e Jayaraman já tinham um histórico notável ao venderem sua anterior startup, Portworx, para a PureStorage por impressionantes $370 milhões. Essa experiência lhes conferiu uma compreensão profunda dos desafios que as empresas enfrentam no ambiente tecnológico atual, especialmente com as crescentes complexidades das pilhas de TI. Como destacou Rao, “É muito difícil encontrar bons engenheiros de confiabilidade de site. A rotatividade é alta”, apontando para a dificuldade que as organizações têm em manter profissionais qualificados em meio às rápidas evoluções tecnológicas.
Para enfrentar essa crescente complexidade, a NeuBird desenvolveu o Hawkeye, uma solução que utiliza inteligência artificial para identificar, diagnosticar e resolver problemas rapidamente, permitindo que os engenheiros humanos se concentrem em tarefas mais estratégicas. Em uma entrevista, Rao compartilhou que a empresa não estava inicialmente buscando financiamento adicional após uma rodada de sementes de $22 milhões realizada em abril. Porém, a proposta de investimento da M12 foi irresistível, especialmente pela sinergia entre as plataformas de nuvem da Azure e o portfólio de serviços que a NeuBird planeja oferecer.
Com a nova rodada de financiamento, a NeuBird se posiciona de forma robusta visando captar recursos tradicionais para uma futura Série A. O CEO da NeuBird esclareceu que a valuation dessa nova rodada foi “muito mais alta” em relação à avaliação anterior. O interesse demonstrado pelos investidores sugere que a proposta da NeuBird atende a uma demanda crescente no mercado por soluções que não só atendam a padrões de segurança elevados, mas também simplifiquem operações que, em muitos casos, dependem de equipes enxutas.
A funcionalidade do Hawkeye permite que as empresas “contratem” a solução para monitorar alertas e alarmes de forma contínua durante o dia. Quando uma anomalia é detectada, o Hawkeye tenta resolver o problema; se não conseguir, ele encaminha a questão para um engenheiro humano. Essa abordagem não só aumenta a eficiência nas operações, mas também reduz a carga sobre as equipes de TI, que muitas vezes lutam para lidar com um volume crescente de tickets de incidentes.
O funcionamento do Hawkeye é baseado em uma combinação de raciocínio por meio de Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLM) capazes de verificar logs de diferentes sistemas, mesmo aqueles customizados. Ao utilizar este tipo de tecnologia, a NeuBird garante que a solução seja capaz de lidar com uma ampla gama de cenários sem comprometer a privacidade e a segurança dos dados dos clientes. Como Rao explicou, “Hawkeye não precisa ver o aplicativo ou os dados do aplicativo. O que estamos analisando é a saúde do sistema. Existem alarmes? Há erros nos logs? O uso da CPU está elevado?” Essa abordagem é especialmente benéfica para setores regulados, como bancário e farmacêutico, que precisam proteger informações sensíveis.
A adoção do Hawkeye já começou entre uma variedade de clientes, incluindo grandes montadoras, instituições financeiras e startups, algumas das quais estão implementando a solução em produção após fases piloto promissoras. O que torna a trajetória da NeuBird ainda mais intrigante é que, apesar da avalanche de investimentos e altas avaliações em suas rodadas de captação, a empresa não está sozinha neste espaço. Outras startups, como SRE.ai, Opslane e Parity, impulsionadas por investidores como a Y Combinator, também estão explorando o campo da automação de tarefas para confiabilidade de sites, indicando um aumento no interesse por soluções similares no mercado.
No entanto, a NeuBird se destaca em um cenário competitivo repleto de oportunidades. Com a automação ganhando espaço em diversas frentes, desde vendas até atendimento ao cliente, a proposta de copilotos — conforme discutido por parceiros da Mayfield — é uma tendência crescente entre as funções dos desenvolvedores e das operações DevOps. O calor do investimento e a atenção dos fundos de capital de risco fazem da NeuBird uma empresa a ser observada de perto nos próximos anos, enquanto busca não apenas solidificar sua posição no setor, mas também transformar a forma como as operações de TI são geridas no mundo digital.
Por fim, com este novo aporte financeiro, a NeuBird se prepara para trilhar um caminho brilhante, ajudando as empresas a navegar as complexidades da era digital, e ao mesmo tempo, proporcionando um certo alívio para os sobrecarregados engenheiros de TI. É possível que a próxima grande inovação em confiabilidade de site já esteja a caminho, e a NeuBird pode ser a chave para destravá-la.