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Nos últimos anos, a sabedoria predominante entre os executivos de mídia era de que “não vale a pena tentar comprar nosso concorrente ou crescer com uma aquisição adicional, pois isso será engessado em avaliações governamentais redundantes.” Contudo, desde o dia da eleição, o clima rapidamente mudou para “espere uma enxurrada de acordos no próximo ano”. Este é o tom que permeia o último relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC), que antecipa um mercado robusto de fusões e aquisições em 2025 devido a uma demanda represada que pode ter sido colocada de lado devido a preocupações regulatórias.
A previsão da PwC para o setor de mídia e telecomunicações, divulgada na quinta-feira, destaca a expectativa de um ambiente de negócios mais favorável, em contraste com os obstáculos enfrentados anteriormente que restringiram o setor. Esses obstáculos eram representados pelas políticas da administração Biden, que tentava coibir o que consideravam megacontratos antiéticos. Exemplos disso incluem o bloqueio da venda de Simon & Schuster para a Penguin RandomHouse e o desafio ao investimento de 69 bilhões de dólares da Microsoft na Activision, sob a liderança de reguladores conhecidos por suas posturas rigorosas sobre fusões e aquisições.
Com a expectativa de uma mudança na liderança da Comissão Federal de Comércio (FTC), onde Andrew Ferguson é cotado para assumir a presidência, já se fala em um possível alívio para as empresas de mídia. Ferguson se comprometeu a reverter a política anticomercial de Lina Khan e a retirar regulamentos que considera excessivos. A confirmação de Brendan Carr para a presidência da FCC foi bem recebida tanto por empresas de mídia como Comcast e Nexstar quanto por organizações do setor, indicando que o clima futuro pode se tornar mais propício à consolidação do mercado.
De fato, a PwC observa que a nomeação de Carr e a expectativa de mudança na FTC sugerem um retorno a uma agenda de desregulamentação. Isso pode acelerar a consolidação e permitir que os players dominantes ampliem seu controle de mercado. O relatório, liderado pelo principal Bart Spiegel, reflete a visão de que 2025 pode não apenas trazer uma mudança ideológica, mas também um aumento real nas atividades de fusões e aquisições dentro do setor de mídia.
Algumas oportunidades que poderia parecer promissoras no último ano, como a potencial separação dos negócios da CNN, estimados em 6 milhões de dólares, e a possível venda dos ativos de canais a cabo da Warner, não se concretizaram. Por outro lado, pequenas e médias gravadoras como Lionsgate e estúdios independentes no setor de TV, como a AMC Networks, permaneceram resilientes, apesar da especulação recorrente sobre vendas.
A PwC faz alusão a uma série de fatores favoráveis que alinham as expectativas para um mercaso de M&A robusto em 2025. As inovações em inteligência artificial, a disponibilidade de capital em níveis recordes e as mudanças nos corpos reguladores são descritos como fatores que, juntos, poderão abrir um leque de oportunidades capazes de provocar movimentos significativos dentro do setor.
Apesar da relativa calmaria no primeiro semestre de 2024 em termos de fusões e aquisições, a segunda metade do ano observou uma recuperação nas operações, com destaque para que sete grandes acordos representaram 63% do valor total divulguado em M&A no setor de mídia e telecomunicações. A PwC sugere que, com a contínua motivação por trás dessas grandes transações, as empresas buscam consolidar mercados e criar valor de longo prazo através de sinergias e novas oportunidades emergentes.
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