A crise que assola o Manchester City parece estar longe do fim, especialmente após a última derrota para a Juventus, que culminou em um placar de 2 a 0 na fase de grupos da Liga dos Campeões. Essa derrota, ocorrida em um jogo fora de casa, é apenas uma das consequências de um desempenho alarmante que faz os torcedores se perguntarem o que aconteceu com a equipe, que há pouco tempo era considerada uma das mais poderosas do futebol mundial. Atualmente, o time sob o comando do técnico Pep Guardiola vive um momento sombrio, acumulando apenas uma vitória em suas últimas dez partidas. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, essa sequência negativa inclui nada menos que sete derrotas, um número que iguala as derrotas que o City sofreu em suas 105 partidas anteriores sob o comando de Guardiola, segundo reportagens da Sky Sports.

Os gols da vitória da Juventus foram marcados no segundo tempo por Dušan Vlahović e Weston McKennie, que garantiram os três pontos para a equipe italiana e deixaram o City em uma posição alarmante, com reais chances de ficar de fora das fases eliminatórias do torneio. É intrigante observar que essa queda de rendimento é tão surpreendente quanto confusa. O Manchester City, até a última temporada, era um verdadeiro monstro competitivo, conquistando um recorde de quarto título consecutivo na Premier League. Agora, a queda é tão drástica que Guardiola parece perdido em como reverter essa situação, que mais se assemelha a um mergulho descontrolado do que a um simples tropeço.

Esse é o pior desempenho do Manchester City desde 2006, sendo um dos maiores desafios já enfrentados pelo técnico espanhol em sua carreira gerencial. Após a partida, Guardiola, visivelmente frustrado, comentou: “Nós jogamos bem, realmente bem. Perdemos o último passe, a última ação quando chegamos perto do gol. Concedemos poucas oportunidades, claro, algumas transições aconteceram, mas estou muito orgulhoso dos jogadores”. Ele ressaltou a dedicação da equipe e a esperança de que possam mudar os resultados, mesmo reconhecendo a dificuldade que é competir na Liga dos Campeões.

“Quando conseguirmos contornar esta situação, não nos esquecemos deste período. Apreciamos mais o que fizemos no passado e o que vamos fazer no futuro”, disse ele, demonstrando sua fé no potencial de recuperação da equipe. Entretanto, é inegável que o time sofre com a ausência de jogadores chave, como Manuel Akanji, John Stones e Nathan Ake, que têm prejudicado a defesa nos últimos jogos. Além disso, a perda de Rodri, vencedor do Ballon d’Or, por conta de uma lesão em seu joelho, é uma dura realidade que pesou significativamente sobre as possibilidades de sucesso da equipe.

O desespero para conseguir resultados é visível, e a falta de controle e compostura nos jogadores tem se tornado conspícua, levando muitos fãs a se perguntarem como um elenco tão talentoso está lidando de forma tão precária com pressão. Nomes como Ederson, Kyle Walker, Ruben Dias, Kevin De Bruyne, İlkay Gündoğan, Bernardo Silva, Erling Haaland e Jack Grealish, que foram fundamentais para as conquistas recentes do clube, se veem em meio a um mar de insegurança e erros avassaladores.

O que vem a seguir para o City pode muito bem determinar o futuro da equipe na temporada. A equipe se prepara para uma sequência intensa de jogos, começando com o clássico contra o Manchester United no Etihad Stadium no próximo domingo, seguido por uma visita ao Aston Villa. Na Liga dos Campeões, os dois últimos jogos desta nova fase de grupos de 36 times incluirão um confronto fora de casa contra o Paris Saint-Germain e um jogo em casa contra o Club Brugge. Atualmente, o Manchester City ocupa a 22ª posição, o que significa que as equipes que estão entre a 9ª e a 24ª colocação estarão competindo em um playoff de dois jogos para avançar às oitavas de final, enquanto os oito primeiros se classificam automaticamente. A pressão continua a aumentar sobre a equipe e seu treinador, que agora enfrentam uma montanha-russa de desafios que pode muito bem definir o futuro do clube na Liga dos Campeões e na Premier League.

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