No evento New York Comic Con, o clima era de expectativa e entusiasmo com a apresentação da nova produção dirigida pelos irmãos Russo, “The Electric State”. Esta obra, que será lançada na plataforma Netflix no dia 16 de março de 2024, promete trazer uma aventura repleta de ação, como demonstrado nas cenas exibidas durante o painel. O filme é uma adaptação da graphic novel de Simon Stålenhag, que incorpora uma narrativa envolvente onde humanos e máquinas inteligentes enfrentam um conflito ambientado na década de 1990. Chris Pratt, que interpreta o personagem Keats, e Millie Bobby Brown, que vive Michelle, participaram de uma discussão que encantou o público presente e evidenciou a magnitude da projeção.
O enredo de “The Electric State” segue a jornada de Michelle, que possui um robô peculiar e misterioso. Juntamente com o excêntrico Keats, ela se embarca em uma expedição pelo país, em busca de seu irmão em uma América retrofuturista, em que uma paz instável se instalou após uma violenta guerra entre humanos e máquinas. Durante o painel, Joe Russo, co-diretor do filme, compartilhou que o projeto começou a tomar forma há cinco anos, sendo uma verídica obra de paixão para ele e seu irmão, Anthony Russo. Ambos expressaram a satisfação de trabalhar novamente com colaboradores de “Avengers: Endgame”, incluindo Pratt e Anthony Mackie, reforçando a ideia de que contar histórias grandiosas é algo que os motiva constantemente.
Chris Pratt, por sua vez, revelou ter planos de tirar um tempo de suas atividades artísticas, mas se sentiu irresistivelmente atraído pela ideia de colaborar com os irmãos Russo novamente e pela originalidade do roteiro. Ele destacou que “The Electric State” representa uma abordagem única, diz ele: “Não é o tipo de filme que tipicamente é produzido como um blockbuster. É tão original, é uma grande ousadia.” A profundidade da narrativa o tocou emocionalmente, tanto que o ator confessou ter sido “movido a lágrimas” durante a leitura do roteiro. Essa experiência intensifica a expectativa em relação ao que o filme pode representar tanto para os seus intérpretes quanto para o público.
No que concerne à abordagem dos diretores na adaptação da graphic novel de Stålenhag, Anthony observou que a arte envolvente presente no material original serviu como inspiração para a estrutura do filme. Segundo ele, a narrativa da graphic novel é densamente opaca e aberta a interpretações, o que demanda uma recriação cuidadosa para um filme de duas horas. Como eles salientaram, foi um grande desafio condensar uma história rica em detalhes visuais e artísticos em uma obra cinematográfica. Joe acrescentou que a trama explora um universo alternativo, mesclando elementos da década de 1990 com questões contemporâneas, refletindo o que poderia ser um cenário em que os animatronics da Disney, por exemplo, tornaram-se sencientes e demandaram igualdade.
Um dos clipes apresentados durante o painel destacou a nostalgia dos anos 90 com referências a elementos marcantes da época, como Cabbage Patch Kids e VHS, enquanto ainda incorporava tecnologia moderna e questões sociais atuais. Chris Pratt e Millie Bobby Brown participaram de uma demonstração, onde discutiram a relação entre os personagens e o papel significativo que o robô Herman, amigo de Keats, desempenhará na narrativa. Joe Russo comentou que todos os personagens principais do filme trazem traumas pessoais que os moldaram, evidenciando que a tecnologia, que permeia a toda a narrativa, é vista como um fardo que cada um deles procura escapar.
A produção não só traz desafios de atuação, especialmente em relação à captação de movimentos e tecnologia de ponta, mas também cria oportunidades para novos aprendizados. Millie Bobby Brown expressou sua gratidão pela equipe de captura de movimento e pela direção dos irmãos Russo, elogiando como a colaboração levou a uma experiência enriquecedora para seu desenvolvimento como atriz. Juntos, eles contam com um elenco talentoso, que inclui Ke Huy Quan, Stanley Tucci, e Giancarlo Esposito, e também um time de dubladores de peso como Woody Harrelson e Jenny Slate.
Encerrando o painel, a mensagem de Brown sobre a relevância de filmes escapistas para as famílias foi uma nota de destaque. Ela ressaltou a importância desses filmes como um recurso para lidar com as ansiedades do mundo atual, permitindo que o público se transporte para universos transformadores. A produção dos irmãos Russo não apenas visa entreter, mas também oferecer uma reflexão sobre os dilemas emocionais e tecnológicos que permeiam a sociedade moderna, entregando uma proposta que promete ressoar fortemente com o público assim que for lançada.