Em uma reveladora conversa durante a série “Ator por Ator” da Variety, Angelina Jolie, premiada com o Oscar e uma das atrizes mais icônicas de Hollywood, compartilhou suas experiências emocionais durante a produção do filme “Maria”, onde interpreta a lendária cantora de ópera Maria Callas. Com 49 anos e um histórico digno de nota, Jolie desnudou suas lutas internas e a jornada de autodescoberta que experimentou ao aprender a cantar ópera para esse papel transformador. Ao se sentar frente a frente com a talentosa Cynthia Erivo, de 37 anos, a atriz não hesitou em expressar o quanto foi desafiador e, ao mesmo tempo, terapêutico para ela redescobrir sua voz.

Durante a conversa, Angelina revelou que a ideia de cantar ópera a deixava “apavorada”, mas creditou o diretor Pablo Larraín por garantir que ela tivesse os melhores professores e acesso a aulas de italiano e técnicas de canto. Ela enfatizou que o aprendizado foi muito mais do que simples prática artística; foi um processo curativo. “As pessoas costumam me citar porque eu não cometi um erro. Eu admita que foi como uma terapia. Mas realmente é isso,” disse ela. Ao refletir sobre sua jornada, Jolie afirmou: “Porque eu não percebi que a prática e o aprendizado são apenas uma parte, mas encontrar a minha voz e deixá-la sair foi realmente difícil para mim. E eu estava muito emotiva sobre isso.”

Angelina também relembrou os momentos mais dolorosos de sua vida que afetaram sua habilidade de se expressar. “Eu não sabia o quanto tinha perdido a minha voz. Talvez quando perdi minha mãe, talvez quando alguém me feriu, não importa. As diferentes coisas que foram diminuindo e trancando uma parte de mim,” compartilhou. Esta confissão não apenas ilustra sua luta pessoal, mas ressoa com muitos que, em diferentes graus, já sentiram o peso da perda ou do trauma em suas vidas.

A mãe de Jolie, Marcheline Bertrand, faleceu em 27 de janeiro de 2007, aos 56 anos, após uma batalha contra câncer de ovário e câncer de mama. Desde então, Jolie tem atuado em vários filmes, mas “Maria” representa seu primeiro grande retorno às telas desde “Eternos”, filme da Marvel de 2021. Portanto, sua decisão de voltar a atuar após um período tão desafiador possui um significado profundo.

“Eu gostaria que todos pudessem saber o que você sente quando canta com a voz mais linda e sabe o que pode sair do seu corpo,” disse Jolie a Erivo, explicando como a experiência de cantar no filme foi transformadora. “E não é apenas o que você pode fazer para uma audiência ou como você conta uma história, é o fato de que você pode fazer aquele som.” Inspirando-se em suas próprias experiências e na vida de Callas, Jolie reconheceu que a busca pela autenticidade é essencial na expressão artística: “Maria dizia que não gosta de ouvir gravações porque elas são perfeitas.”

A atriz também não hesitou em se desculpar com os figurantes do filme antes de cantar “alto” em suas cenas de ópera, alertando-os sobre a intensidade que essas partes exigiam. Essa atitude de empatia demonstra não apenas a dedicação de Jolie ao seu papel, mas também sua consciência do ambiente de trabalho ao seu redor, valorizando aqueles que colaboram na criação de um filme. Em conversas sobre seus papéis, ambas as atrizes discutiram a representação de “mulheres maiores que a vida” no cinema, algo que, segundo Erivo, é uma raridade nas telas. Jolie complementou: “Ela não tinha uma mãe que a amava e dizia que ela era suficiente do jeito que era, então ambas nossas personagens cresceram sozinhas e se sentiram diferentes por razões muito distintas.”

Atualmente, “Maria” está disponível para streaming na Netflix, convidando o público a mergulhar não apenas na história de uma das mais renomadas cantoras do mundo, mas também em uma narrativa de superação e redescoberta que toca o coração. A interpretação de Jolie não é apenas um tributo à cantora, mas também uma exploração pessoal do que significa encontrar a própria voz após tempos de dor.

Angelina Jolie em 3 de dezembro de 2024, em Nova Iorque.

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Angelina Jolie durante uma entrevista no The Tonight Show Starring Jimmy Fallon.

Por fim, a nova jornada de Angelina Jolie como artista e ser humano nos ensina que a busca pelo autoentendimento pode emergir das experiências mais densas. Cada nota cantada ecoa não apenas em cena, mas reverbera nos corações de todos que, através de suas lutas, estão tentando encontrar suas próprias vozes na vida. Portanto, o que você está esperando? Dê uma chance a “Maria” e descubra como a arte realmente pode ser um meio de cura.

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