Em um movimento大胆 para agregar um glamour internacional ao seu evento de posse, Donald Trump está pessoalmente enviando convites a líderes estrangeiros, incluindo chefes de Estado que tiveram conflitos diplomáticos com os Estados Unidos recentemente. O ex-presidente, que busca marcar seu retorno ao centro das atenções políticas, demonstra que deseja não apenas reintegrar-se ao cenário político interno, mas também restabelecer laços internacionais através de sua cerimônia de posse prevista.

Confirmado por sua equipe de transição, Trump manifestou o desejo de que o presidente da China, Xi Jinping, compareça à sua cerimônia de juramento, um convite extraordinariamente raro a um dos principais rivais geopolíticos da América. Essa abordagem exemplifica uma mudança no tom diplomático, conforme descrito por Karoline Leavitt, porta-voz de Trump. Em uma de suas aparições na Fox News, ela afirmou que “este é um exemplo de Trump criando um diálogo aberto com líderes de países que são não apenas aliados, mas nossos adversários e concorrentes também”.

Embora Xi Jinping tenha declinado a convite pessoal, uma delegação de altos funcionários chineses é esperada para representar o presidente na cerimônia. Além disso, os líderes de países como El Salvador, Itália e Argentina foram também convidados. O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o presidente argentino Javier Milei são aliados próximos de Trump, embora tenham, em suas abordagens políticas, desafiado com frequência o status quo internacional e gerado inquietação entre os aliados tradicionais dos Estados Unidos.

Os convites para a celebração em Washington têm sido predominantemente informais, segundo pessoas a par das conversas. Muitos dos convites foram lançados de forma casual durante discussões sobre outros tópicos, com algumas delas sendo transmitidas por canais não oficiais. O próprio Trump também teria ditado convites escritos, que foram enviados a diversos líderes estrangeiros, de acordo com uma fonte envolvida no processo.

A equipe de transição de Trump não revelou quantos ou quais outros líderes receberam convites, mas o presidente eleito expressou a intenção de convidar outros líderes, mesmo que alguns possam ser “um pouco arriscados”. Trump enfatizou em sua declaração: “Gostamos de arriscar um pouco”, acrescentando que “mas não é uma má chance”. Essa abordagem não convencional pode sinalizar uma nova direção nas relações diplomáticas dos EUA, considerando que, tradicionalmente, as visitas de chefes de Estado a Washington para uma posse são eventos raros.

A nova era diplomática que surge para os EUA

A escolha de líderes além dos aliados mais próximos dos Estados Unidos denota um movimento em direção a um novo entendimento nas relações internacionais. Em uma entrevista com a revista Time, realizada em novembro, Trump discutiu seus relacionamentos estabelecidos com líderes autoritários, como Kim Jong Un da Coreia do Norte e Vladimir Putin da Rússia, embora ele não tenha confirmado se teve conversa com Putin após a sua vitória eleitoral.

Trump também mencionou: “Eu me dou bem com a Rússia”, reflexo de suas tentativas de estabelecer relações com líderes que muitas vezes são considerados problemáticos pela comunidade internacional. Seu desejo de coletar líderes mundiais à sua posse não é apenas uma maneira de reafirmar sua presença no cenário político, mas também reflete uma tentativa de reengajamento internacional após um período em que se viu fora de Washington, DC.

Desde a conclusão da sua reentrada na política, Trump já conversou com diversos líderes globais e até hospedou alguns em seu clube na Flórida. Além disso, em suas declarações públicas, ele voltou a se envolver em assuntos internacionais com ameaças de tarifas ao México e ao Canadá, e propondo um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, além de criticar recentes políticas americanas que autorizam ataques com mísseis de longo alcance dentro da Rússia.

Recentemente, Trump também participou da reabertura da Catedral de Notre Dame em Paris, a convite do presidente Emmanuel Macron. Essa visita por si só lhe concedeu uma visão fascinante do cenário internacional, reforçada pela presença de presidente e líderes de diversos países. Durante esse evento, ele encontrou com figuras como o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o príncipe William do Reino Unido, ressaltando o seu interesse em criar uma atmosfera vibrante de união internacional em seus próprios eventos.

A intenção de Trump de criar um ‘palco global’ em Washington

O apelo para a inclusão de líderes internacionais em sua posse revela um desejo maior de Trump em transformar o evento em uma celebração grandiosa e global. Um de seus conselheiros confirmou que ele estava “muito ansioso” para receber as lideranças mundiais, informando que “ele quer um palco global”. Contudo, a natureza impetuosa dos convites tem gerado dificuldades até para seus assessores mais próximos conseguirem rastrear quem foi ou não convidado para esta segunda posse.

Essas incertezas também levantam preocupações de segurança que não podem ser ignoradas. O Serviço Secreto dos Estados Unidos terá a responsabilidade de proteger todos os chefes de Estado presentes em solo americano. O planejamento para a segurança do evento precisa leva em conta o novo presidente, que sobreviveu a duas tentativas de assassinato no verão, além de proteger líderes do Congresso, da Suprema Corte e do ex-presidente Joe Biden.

Apesar de Xi Jinping não ser esperado, permanece ainda incerto quais líderes exatamente aceitarão os convites de Trump. Enquanto a assessoria de Nayib Bukele confirmou o recebimento do convite, ainda não se tem clareza sobre a intenção do presidente salvadorenho de comparecer ao evento.

Em conversa com a NBC, Trump mencionou que ele e Xi têm mantido comunicação regular desde a sua eleição, mesmo mantendo um discurso agressivo no que se refere a uma possível guerra comercial com a China. Quando questionado se Xi havia aceito o convite, Trump preferiu não revelar outros detalhes, mas se declarou otimista com o relacionamento que mantém com o líder chinês. Ele exclamou: “Eu convidei muitas pessoas incríveis, e todas aceitaram.” Essa celebração promete ser tão única quanto as expectativas que Trump nutre para a sua nova presidência.

Reportagem de David Culver e Kayla Tausche da CNN.

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