Richard Curtis, famoso por suas comédias românticas, não esconde seu descontentamento com a edição de Love Actually, filme de 2003 que se tornou um clássico do Natal. Em uma recente entrevista ao portal IndieWire, Curtis descreveu a experiência de edição como uma verdadeira “catástrofe”. Ele revelou que o tomate verde que assistiu no final da montagem inicial não fazia jus ao produto que ele havia imaginado.
Curtis lembrou que o filme, que apresenta um elenco estelar incluindo Hugh Grant, Keira Knightley, Liam Neeson, Laura Linney, Bill Nighy, Martine McCutcheon, Colin Firth, Emma Thompson, Alan Rickman e Rowan Atkinson, foi um verdadeiro quebra-cabeça na hora de juntar suas diversas linhas narrativas. Ele comentou: “A coisa estranha sobre Love Actually é que, quando terminamos o filme, foi uma catástrofe. Demorou seis meses para reeditá-lo e aprender todas essas lições sobre como fazer uma história com múltiplos enredos.” Esta afirmação revela a profundidade da preocupação do diretor em garantir que cada arco de personagem receba a atenção que merece, ao invés de serem tratados de forma superficial.
A dificuldade em equilibrar tantas narrativas simultaneamente resultou em desafios significativos. Curtis acrescentou: “Quando escrevi Love Actually, após a leitura, parecia que teríamos uma sequência de A, B, C, D, E, F, G, mas o que realmente acontece ao lidar com múltiplas histórias é que o risco é não se comprometer com nenhuma delas e o público nunca se sentir efetivamente envolvido.” Frases como essa nos fazem perceber que, por trás de cada filme, existe um imenso trabalho de construção e de reflexões profundas sobre aquilo que realmente capturará a atenção e o coração do público.
Com a experiência adquirida durante esse processo, Curtis é franco sobre como ele aplicou tais lições na criação do seu mais recente projeto, o filme animado That Christmas, agora disponível na Netflix. Essa nova produção combina sua trilogia de livros infantis, incluindo That Christmas, Snow Day e The Empty Stocking, em um só filme. A visão de Curtis em melhorar a narrativa parece ter amadurecido consideravelmente desde sua primeira peça, refletindo sua capacidade de evolução como contador de histórias e produtor.
Por fim, o diretor não apenas compartilha suas experiências passadas, mas também abre um espaço para aqueles que amam o cinema, destacando que os erros capitais sempre servem como um verdadeiro aprendizado. Para Curtis, cada projeto é uma oportunidade de crescimento, e suas observações comprovam que o amor pelo cinema sempre abriga uma sede insaciável por excelência.
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