Alunos passam mal após consumo de gomas de urso potencialmente contaminadas
No dia 17 de outubro, uma situação alarmante se desenrolou em uma escola de ensino médio do sul da Califórnia, onde 17 estudantes foram atendidos devido ao consumo de gomas de urso que supostamente estavam adulteradas com uma substância desconhecida, conforme informado pelo Departamento de Bombeiros de Los Angeles. O incidente ocorreu no Walter Reed Middle School, onde uma enfermeira acionou o serviço de emergência por volta das 10h29 da manhã, após vários alunos, com idades entre 12 e 13 anos, apresentarem sintomas de overdose, incluindo náuseas, vômitos, letargia e ansiedade, conforme relatado pelo capitão Erik Scott, do LAFD.
A rápida resposta das equipes de emergência foi evidente, com a chegada de 35 bombeiros, incluindo cinco ambulâncias e dois profissionais de saúde que realizaram uma avaliação completa dos estudantes afetados. Dois dos alunos necessitaram de transporte para um hospital local, enquanto os demais 15 foram liberados no local para que pudessem retornar à escola ou serem levados por seus responsáveis. Embora nenhum dos estudantes apresentasse sintomas que ameaçassem suas vidas, relataram sentir um cansaço geral e fraqueza, indicando a gravidade da situação.
Residentes alertados e impacto emocional entre pais e alunos
Uma mãe de um aluno da escola relatou ao veículo PEOPLE que helicópteros sobrevoavam a área e decidiu se dirigir até o local após receber informações de outros pais sobre uma possível emergência. Preocupada por conta de dois lockdowns recentes por ameaças de tiroteio na escola, ela ficou alarmada ao receber um aviso de que algumas crianças haviam consumido uma substância e que os paramédicos estavam presentes. Ao chegar, deparou-se com a cena apocalíptica de nove ambulâncias, equipes de notícias e numerosos policiais em ação. “Vi três crianças em macas, cada uma segurando uma bacia plástica, com evidências de que estavam vomitando. As crianças pareciam tão assustadas e foi muito triste”, comentou a mãe, ainda visivelmente abalada pela cena que testemunhou.
Além do impacto físico nos estudantes, o episódio trouxe à tona o trauma emocional decorrente de tal emergência no ambiente escolar. Muitos pais, próximos a 100, se dirigiram à escola para resgatar seus filhos, vivendo momentos de grande tensão e incerteza. Uma das mães que chegou ao local comentou que, embora os paramédicos parecessem calmos, a situação era indefinida e não havia certezas sobre a natureza da substância consumida.
Escola coopera com investigação em busca de esclarecimentos
O Los Angeles Unified School District emitiu um comunicado por meio do porta-voz Paul De Bonis, afirmando que a escola está colaborando com o Departamento de Polícia Escolar de Los Angeles e os parceiros de saúde locais para entender melhor o que ocorreu. Os responsáveis pela instituição também chamaram a atenção dos pais para a importância de conversar com seus filhos sobre o uso de substâncias e os efeitos nocivos que podem surgir a partir da utilização de produtos controlados. O comunicado menciona que a escola disponibiliza recursos de saúde mental para os alunos afetados pelo incidente, incluindo suporte psicológico.
A continuidade das investigações é primordial para esclarecer os pormenores dessa ocorrência, vislumbrando a origem da substância consumida e se outras crianças foram afetadas. O capitão Erik Scott mencionou que não havia evidências de presença de fentanil, mas a situação ainda está sendo rigorosamente investigada. É essencial que comunidades escolares, pais e as próprias crianças estejam cientes das questões relacionadas ao uso de substâncias, enfatizando a importância de estabelecer diálogos abertos e transparentes em momentos de crise. A abordagem integrada entre as escolas, os pais e as autoridades pode fazer uma diferença significativa na situação atual.
À medida que a situação se desenrola, a expectativa é que os responsáveis pelas investigações forneçam informações mais detalhadas sobre o caso, permitindo que as definições sobre a substância laced continue a ser prioridade. O chamado para que todos “vejam e digam algo” ganha relevância em meio a essa situação, refletindo a necessidade de vigilância nas escolas e a proteção dos jovens.