Uma antiga e icônica série de televisão está à procura de um novo lar, e não é apenas uma escolha qualquer. O famoso programa infantil Sesame Street está oficialmente no mercado, após a Warner Bros. Discovery decidir não renovar o contrato de produção com a HBO e Max para novos episódios.

Apesar dessa reviravolta, Max permanecerá em parceria com a produtora do programa, o Sesame Workshop, continuando a licenciar episódios da imensa biblioteca do Sesame até 2027. A decisão de não renovar o contrato para novos episódios deriva de uma mudança de estratégia da Max, que está focando mais em programação voltada para adultos e famílias, reduzindo o espaço para conteúdos infantis como Sesame.

De acordo com um porta-voz da Max, “Tem sido uma experiência criativa maravilhosa trabalhar com todos no Sesame Street durante a produção desta série icônica e estamos entusiasmados em manter uma parte da biblioteca disponível no Max nos Estados Unidos. Contudo, com o lançamento do Max e com base no uso e feedback dos consumidores, tivemos que priorizar nosso foco em histórias voltadas para adultos e famílias, e novos episódios de Sesame Street, neste momento, não estão mais no centro de nossa estratégia.”

A Sesame Workshop, por sua vez, está otimista. Em um comunicado, a entidade disse: “Estamos empolgados em estender nossa parceria de 10 anos com a Warner Bros. Discovery, mantendo a biblioteca icônica de Sesame Street disponível no Max até 2027. Continuaremos a investir em nossa programação de primeira linha e estamos ansiosos para anunciar nossos novos planos de distribuição nos próximos meses, garantindo que Sesame Street alcance o máximo de crianças possível nas próximas gerações.”

O Sesame Street faz parte da programação da HBO desde 2016, e as edições também são transmitidas pela PBS, permitindo um alcance máximo e maior acessibilidade. Recentemente, o renascimento do contrato foi discutido, trazendo à tona mudanças significativas na estrutura e direção do programa. Neste cenário atual, fica a dúvida sobre qual serviço de streaming poderia se interessar em adquirir os novos episódios do Sesame Street.

Serviços de streaming como Netflix, Apple TV+ ou Prime Video podem se mostrar interessantes ao buscar agregar ao seu portfólio um dos programas infantis mais reconhecidos e amados do globo. A busca por um novo lar para Sesame Street pode gerar um alvoroço considerável no mercado, uma vez que o programa possui mais de cinco décadas de história, e sua biblioteca é valiosa.

Os executivos da Sesame Workshop, cientes do fim do contrato com a Max e buscando manter o programa fresco e atrativo, estão iniciando um esforço para “reimaginar” a série para a próxima temporada, que será a 56ª. Kay Wilson Stallings, a executiva responsável pela produção e desenvolvimento criativo da Sesame Workshop, afirmou que as mudanças pretendem um formato mais narrativo, com menos seções estilo “revista”, permitindo histórias mais dinâmicas e sofisticadas.

Os personagens icônicos, como Oscar, o Grosseiro (Oscar the Grouch) e o Grande Pássaro (Big Bird), estão prontos para voltar em uma nova apresentação. A série original estreou em 1969 e tem sido um pilar da educação e entretenimento infantil desde então. A nova abordagem, que deverá desviar do formato habitual e abraçar narrativas mais longas, representa a maior mudança já vista desde que o programa foi reduzido de uma hora para 30 minutos em 2016.

Além das mudanças no conteúdo, a Sesame Workshop também teve novas lideranças, com Sherrie Westin assumindo como nova CEO. Westin, que é veterana na organização, é apenas a segunda mulher a ocupar esse cargo na história da Sesame Workshop, sucedendo a criadora de Sesame Street, Joan Ganz Cooney.

Enquanto isso, a Max está se reposicionando para fortalecer seu foco em programação direcionada ao público adulto, incluindo o aguardado projeto da série Harry Potter. Diversas produções infantis, incluindo várias da marca Cartoon Network da Warner Bros. Discovery, também deixarão a plataforma no próximo ano, como parte da ratificação dessa nova estratégia. O futuro de Sesame Street é incerto, mas o potencial de reposicionamento em uma nova plataforma está mais vivo do que nunca.

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