Timothée Chalamet, o jovem astro que tem conquistado o coração de muitos, transformou-se mais uma vez, desta vez em uma versão peculiar e autêntica de Bob Dylan. Durante sua participação no The Late Show with Stephen Colbert na quinta-feira, dia 12 de dezembro, Chalamet compartilhou um momento nostálgico ao exibir um clipe que remete ao período em que se preparava para interpretar o icônico cantor e compositor na produção A Complete Unknown, enquanto estava em meio às filmagens de Duna: Parte Um, obra dirigida por Denis Villeneuve. A conexão entre esses dois universos, aparentemente distantes, revela o potencial camaleônico desse talentoso artista.
Em uma conversa descontraída, Chalamet mostrou um vídeo e uma foto em que ele aparece caracterizado com a indumentária de seu personagem em Duna. Com um sorriso maroto, ele comentou: “Esse sou eu no set de Duna. Isso é Paul Atreides Dylan.” A revelação estabeleceu uma ponte imediata entre dois mundos distintos da ficção, deixando o público curioso sobre essa fusão inusitada. O ator, conhecido por sua versatilidade, foi escalado para o papel do músico americano anteriormente ao início da pandemia de COVID-19, que, como muitos projetos de Hollywood, teve seu cronograma impactado por atrasos devido a greves e outras circunstâncias adversas.
Chalamet expressou uma leve preocupação durante o atraso do projeto: “Comecei a pensar, ‘Cara, será que tem uma maldição nessa produção, nesse material?’” Sua leve frustração foi aliviada quando ele finalmente gravou A Complete Unknown no verão de 2023. Ele descreveu esse momento como um alívio, afirmando que estava finalmente “tirando algo do meu prato que eu vinha trabalhando há tanto tempo.” A conversa entre Chalamet e Colbert foi repleta de humor, especialmente quando o apresentador lembrou que ele gravou duas produções de Duna durante o intervalo de tempo.
O clipe apresentado mostrou Chalamet interpretando a canção “It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry”, um dos clássicos de Dylan de 1965, enquanto ele ajustava algumas letras de forma criativa. “Com algumas variações líricas de Duna por minha parte”, brincou Chalamet, demonstrando seu senso de humor e leveza. O ator não hesitou em mencionar que foi encorajado a cantar ao vivo por seu colega de elenco Edward Norton, que fez uma participação importante em sua preparação. “Ele disse: ‘Escute, você soa melhor ao vivo’,” contou Chalamet, ressaltando a ideia de que a autenticidade é crucial em uma biografia musical.
Em um momento de reflexão, o ator chegou a afirmar que a ideia de realizar gravações prévias em Los Angeles o incomodava, pois não se alinhava com a estética crua e verdadeira da música de Bob Dylan. “O pior que poderíamos fazer com um biopic de Bob Dylan era sanitizá-lo, torná-lo limpo. Este é um homem que vem do país do minério de ferro… Você ouve o país do carvão em sua voz. Eu não queria ser um nova-iorquino gravando em Los Angeles, destruindo essa música. Eu queria honrar esse legado.” A decisão de gravar as performances de forma mais autentica reflete não apenas a dedicação de Chalamet ao seu papel, mas também um profundo respeito pela história da música folk americana.
A Complete Unknown, coescrito por James Mangold e Jay Cocks, é uma adaptação da biografia de Elijah Wald intitulada Dylan Goes Electric! O filme, que chegará aos cinemas no dia 25 de dezembro, conta com um elenco de peso, incluindo Edward Norton no papel de Pete Seeger, Elle Fanning como Sylvie Russo, Monica Barbaro como Joan Baez, e Boyd Holbrook como Johnny Cash, entre outros. Com uma trama que promete mergulhar na essência do artista, a expectativa em torno do filme aumenta a cada revelação acerca do processo de criação e das experiências vividas pelo grupo de atores.
Para além de A Complete Unknown, Chalamet também aguarda o lançamento de Marty Supreme, sob a direção de Josh Safdie, onde divide a tela com Gwyneth Paltrow. O talento versátil do ator continua a surpreender e entusiasmar os fãs ao longo de sua carreira, onde a combinação de projetos desafiadores e a busca por autenticidade se tornam elementos essenciais em seu trabalho. A revelação de sua transformação em Bob Dylan, repleta de peculiaridades e um toque de humor, sem dúvida, adiciona mais uma camada ao já impressionante currículo de Timothée Chalamet, que se estabelece não apenas como um ator, mas um verdadeiro intérprete da arte.