A batalha de Emma Mon contra o câncer e a importância do tempo com a família

Quando Emma Mon deixou seu filho Peter na Universidade Purdue para seu primeiro ano no ano passado, sua preocupação não estava relacionada a como ele se adaptaria à vida universitária ou como ela lidaria com a ausência do filho mais velho em casa. Em vez disso, o que dominava sua mente era a gratidão pelo tempo que ainda tinha com seus filhos. Durante anos, o câncer ameaçou levar esse tempo dela. A presença da doença se tornou um aspecto familiar na vida de Mon e sua família desde que ela foi diagnosticada pela primeira vez com câncer de mama em 2008. Naquela época, seu filho Peter, hoje com 19 anos, era apenas uma criança em idade pré-escolar, enquanto sua filha Lexi, de 17 anos, era uma menina pequena. Emma passou por uma mastectomia dupla e quimioterapia, vivendo livre do câncer por uma década após o diagnóstico inicial. Contudo, em 2018, ela recebeu a devastadora notícia de que a doença havia se espalhado, agora afetando seu cérebro e sua coluna vertebral. A luta de Emma contra o câncer metastático se tornou um desafio constante para toda a família.

A experiência de viver com câncer de mama avançado não é fácil, e Emma Mon expressa isso claramente quando menciona: “Tem sido difícil para todos nós. Alguns dias são melhores do que outros, mas eu prefiro focar no que posso ser grata em vez de me lamentar.” Para ela, a perspectiva sobre a vida e o sofrimento é uma questão de compreensão que todos têm suas dificuldades, e a dela simplesmente é o câncer. Diante de um futuro incerto, a prática de cultivar gratidão se tornou uma ferramenta essencial para Mon e seu marido Bill, com quem está casada há 23 anos. Eles se apoiam mutuamente em meio à dor, utilizando o riso e um humor sombrio para ajudá-los a enfrentar os desafios do dia a dia. Entre suas metas de curto prazo, a prioridade sempre esteve em garantir que Peter pudesse aproveitar sua transição para o ambiente universitário, e Emma Mon espera também poder acompanhar Lexi em sua própria jornada após a formatura no ensino médio no próximo ano.

A transformadora experiência dos filhos e o novo propósito de Emma Mon

Refletindo sobre sua trajetória, Emma admite que o impacto de sua doença a fez ver as coisas de uma maneira diferente. “A sensação é que essa experiência é um pouco mais ampla, considerando tudo que estou passando”, diz. Para ela, conseguir deixar Lexi na faculdade, assim como fez com Peter, seria um presente significativo. Antes de seu diagnóstico de estágio IV, Emma exercia a profissão de executiva de recursos humanos, algo que fazia parte de sua identidade. “É difícil para meus filhos verem sua mãe, que costumava viajar a cada dois meses para Londres e Paris, agora em uma rotina de menos atividade”, comenta. Em consequência de sua condição, sua prioridade se deslocou do trabalho para o que realmente importa: a felicidade e bem-estar dos filhos. De acordo com ela, essa experiência lhes proporcionou lições valiosas, tornando-os mais empáticos, sensíveis e compreensivos em relação aos outros, uma mudança que se reflete na maneira como interagem com seus amigos.

Emma e Bill nunca esconderam a realidade da situação de saúde de Emma dos filhos. “Tentamos ser otimistas e transparentes”, afirma Emma. “Estabelecer o tom adequado é fundamental. Não se trata de mascarar a realidade do câncer, mas sim de mostrar que é possível viver a vida plenamente, apesar da doença.” Recentemente, Emma e Lexi fizeram tatuagens combinando a frase “Love Yourz”, inspirada em uma música de J. Cole que Emma costumava ouvir para se reorientar nos momentos difíceis. Quando recebia notícias ruins nos exames, essa canção se tornou um símbolo de resiliência e foco no que realmente importa. “A vida pode ser uma luta, mas é uma luta que todos enfrentam, cada um à sua maneira”, ela reflete sobre a universalidade do sofrimento humano. A decisão de fazer a tatuagem agora, antes que Lexi complete 18 anos, foi uma escolha motivada pela incerteza do futuro.

Com o futuro em mente, Emma se compromete a seguir rigorosamente seu tratamento no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, um dos principais centros de tratamento oncológico dos Estados Unidos. “Estou aqui devido ao MSK”, destaca Emma ao falar sobre a importância da instituição, localizada na cidade de Nova Iorque. Sua rotina inclui quimioterapia intravenosa a cada três semanas, que busca maximizar o tempo que ela pode passar com seus filhos. “Meus filhos são meu legado e quero aproveitar cada momento possível ao lado deles”, conclui Emma Mon, destacando sua determinação em viver intensamente, apesar das adversidades que enfrenta. A história de Emma Mon não apenas ilustra a luta contra o câncer, mas também é uma poderosa narrativa de amor, esperança e a importância de valorizar cada dia ao lado da família.

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