O filme Kraven the Hunter, que é o primeiro longa-metragem de super-herói da Sony, classificado como R, está decepcionando nas bilheteiras domesticas. Com um início que começou com $4,7 milhões na sexta-feira, o filme ficou atrás até de sua própria produção irmã, Madame Web. O filme está projetado para abrir em terceiro lugar, com receitas entre $10 milhões e $12 milhões, marcando uma das piores estreias para uma adaptação de um personagem da Marvel, ao lado de Elektra, que arrecadou $12,4 milhões em sua estreia, números que não são ajustados para a inflação.
Desse montante, $2,2 milhões foram arrecadados nas sessões de pré-estreia. Isso significa que, mesmo com um investimento de $110 milhões, superando o custo inicial previsto de $90 milhões devido a atrasos relacionados à pandemia e greves, os lucros não estão trazendo os resultados esperados. Outras estreias no fim de semana estão fazendo frente, enquanto que a recepção do público também está se mostrando preocupante, já que o filme recebeu um CinemaScore de C, um sinal de descontentamento que pode alcançar longevidade nas bilheteiras.
A crítica está severamente atingindo o filme; parece que o sucesso limitado de Kraven pode indicar uma má fase para a Sony, que já estava enfrentando desafios com Madame Web. O filme, estrelado por Aaron Taylor-Johnson como o anti-herói titular, também apresenta no elenco Russell Crowe, Ariana DeBose e Fred Hechinger, entre outros.
Em um momento em que a competição por atenção nas telonas está fervilhando, a Sony promoveu Kraven não apenas como mais uma adaptação de quadrinhos, mas como uma emocionante e sombria história de vingança muito semelhante a filmes como John Wick. Isso, por sua vez, levanta questões sobre se a abordagem da Sony de explorar os personagens de Spider-Man na tela grande está se mostrando eficaz. Enquanto isso, outros filmes estreantes, como The Lord of the Rings: The War of the Rohirrim, estão se projetando bem, com a previsão de arrecadação também girando em torno de $5 milhões, tendo obtido um CinemaScore B, o que indica uma recepção bem mais positiva.
Em média, os filmes continuam a se sair melhor do que Kraven, com sucessos anteriores como Moana 2 e Wicked arrecadando um excelente rendimento nas bilheteiras, o que só leva a aumentar a pressão sobre a Sony, que deve agora repensar sua abordagem no que diz respeito às narrativas de super-heróis e à construção do caráter de suas produções.
Em suma, mesmo que o escopo da produção seja grande e os investimentos sejam altos, o sentimento do público e a recepção crítica parecem indicar um desinteresse crescente nas adaptações cinematográficas baseadas em quadrinhos povoadas por personagens mais obscuros. Resta saber, portanto, como a Sony irá navegar nesta fase e quais ajustes precisará fazer para garantir que suas investidas futuras sejam um sucesso.