O ex-técnico da seleção da Inglaterra, Gareth Southgate, está prestes a ser honrado com o título de cavaleiro na lista de homenagens de Ano Novo de 2025, uma decisão que gera discussões acaloradas. Mesmo sem ter conseguido quebrar a impiedosa seca de 58 anos da seleção inglesa sem um troféu internacional, Southgate será reconhecido por sua contribuição ao futebol e seu impacto durante seu tempo à frente da equipe nacional. O fato de receber tal distinção, mesmo em meio a frustrações em grandes torneios, levanta questões sobre os critérios que regem as honrarias britânicas e o que realmente é valorizado em um treinador de futebol.
Gareth Southgate liderou a seleção inglesa em diversos torneios significativos, incluindo a Copa do Mundo da FIFA e o Campeonato Europeu. Sob sua direção, a equipe teve um desempenho notável, alcançando as semifinais na Copa do Mundo de 2018 e chegando à final do Euro 2020. Apesar desses avanços promissores, a tão esperada vitória permanece fora de alcance, e muitos torcedores ainda sonham com o dia em que as tradições de glória do passado serão revividas. Para muitos, a falta de um título aclamado pode parecer uma mancha em sua carreira, mas a verdade é que Southgate trabalhou incansavelmente para moldar uma equipe competitiva e coesa.
O aplauso popular por seu caráter e ética de trabalho, juntamente com a forma como ele promoveu jovens talentos, flexibilizou a maneira como a seleção inglesa é vista no cenário mundial. O reconhecimento de seu trabalho mostra que a contribuição de um técnico vai além das vitórias e troféus. O papel de Southgate em superar adversidades e sua habilidade de unir jogadores em um objetivo comum são fatores que não passaram despercebidos pelas autoridades responsáveis pelas honrarias. Além disso, o impacto que ele teve sobre a cultura do futebol na Inglaterra parece justificar sua inclusão nesta lista exclusiva.
Vale lembrar que Southgate não é o primeiro técnico inglês a receber um título de cavaleiro. Na verdade, ele se une a um seleto grupo que inclui ícones como Sir Alf Ramsey, que levou a seleção à vitória na Copa do Mundo de 1966, e Sir Bobby Robson, que foi um dos treinadores mais respeitados da história do país. Esses títulos representam não apenas realizações individuais, mas também a evolução do futebol inglês como um todo, enfatizando a importância dos treinadores na jornada de uma equipe nacional.
Atualmente, Gareth Southgate está em um hiato após sua saída da seleção, um momento que pode ser tanto renovador quanto reflexivo. Ele terá a oportunidade de avaliar sua carreira e considerar seus próximos passos no mundo do futebol, um campo que continua a evoluir e a oferecer novos desafios. O retorno à seleção nacional no futuro não pode ser descartado, especialmente se sua visão estratégica e habilidades de liderança continuarem a ser requisitadas.
Concluindo, a nomeação de Gareth Southgate ao título de cavaleiro é uma prova de que, no futebol, nem sempre são apenas os títulos que definem o legado de uma pessoa. O reconhecimento de sua contribuição é um lembrete de que liderança, caráter e inovação frequentemente têm um peso tão significativo quanto os troféus conquistados. A torcida inglesa pode muito bem ver o retorno de um treinador capaz de unir a equipe e inspirar confiança novamente, e talvez, quem sabe um dia, celebrar a tão esperada vitória em campo.