O renomado rapper e cantor André 3000 fez um apelo à mídia e aos fãs: por favor, parem de chamar seu último projeto de “álbum de flauta”. Com New Blue Sun, o artista não só explora esse instrumento de forma notável, mas também apresenta uma gama diversificada de elementos musicais, incluindo percussão, chocalhos, pianos e sintetizadores.
conforme revela em entrevista ao THR, “A mídia tem rotulado como esse álbum de flauta e acho que isso é uma representação errônea. É muito mais do que um álbum de flauta. Eles menosprezam o projeto ao chamar simplesmente de álbum de flauta”. Ele menciona que isso poderia afastar potenciais ouvintes que poderiam pensar que ele está “apenas em uma sala tocando flauta.”
A obra é composta por oito faixas, que integram instrumentos como sinos, gongo e sintetizadores. André 3000 já é um ícone com anos de experiência e contribuições valiosas na música, e essa nova proposta é uma expansão de seu talento como artista multifacetado. Na última edição do Grammy, New Blue Sun foi indicado a álbuns e composições instrumentais, destacando ainda mais o reconhecimento do que André está criando artisticamente.
Durante os anos como cantor do OutKast, ele conquistou um Grammy por sua obra-prima Speakerboxxx/The Love Below, e agora, como um artista individual, ele faz essa transição gerando discussões sobre a própria natureza da música e sobre a identidade de gêneros, fugindo de estereótipos e promovendo uma evolução criativa. “Poder concorrer com artistas como Beyoncé e Billie Eilish é uma honra. Não pensei que isso estaria acontecendo em um espaço como esse e representa a atenção que temos recebido.”
André também comentou sobre a canção “Ninety Three ‘Til Infinity and Beyoncé”, um título que reflete uma mistura de referências culturais. A faixa brinca com a nostalgia do hip hop e a cultura pop, unindo a canção “93 ‘Til Infinity” do Souls of Mischief com uma famosa citação do filme Toy Story. “Falei com Jay-Z e Beyoncé e pedi permissão. Ela disse: ‘Sim’. Então, fiquei feliz”.
O artista também comentou sobre sua interação com outros nomes influentes da música. Ele descreveu o momento de gravar junto com a grande Aretha Franklin e expressou sua admiração por ela, mencionando que ter tido a oportunidade de trabalhar com a lenda do soul foi uma experiência “humilhante e linda”.
Refletindo sobre a trajetória de sua carreira, André 3000 se mostrou otimista sobre o futuro da música, observando tendências mais abrangentes e colaborativas entre os gêneros, especialmente entre artistas negros explorando a música country e outras variedades. Ele enfatiza: “Estamos vivendo um momento interessante na música. É sempre bom empurrar e ver o que você pode obter”.
Para encerrar essa conversa instigante, ele encoraja os fãs a deixarem de lado preconceitos. Acredita que a evolução dos gêneros é essencial e que o que faz um artista é sua capacidade de se reinventar e inovar, impulsionando novas formas de conectar-se com o público. “Quero fazer um álbum rap de novo, e espero que isso venha, porque eu amo rap”. O futuro parece promissor tanto para André 3000 como para a indústria musical como um todo.