A atriz Beth Behrs, conhecida pelo seu papel na série “The Neighborhood”, revelou recentemente que enfrentou um duro caminho para obter um diagnóstico sobre seus sintomas de perimenopausa, que foram descartados como irrelevantes por médicos, especificamente homens, que insistiam que ela era “jovem demais” para estar passando por tal condição. É uma afirmação que desencadeia discussões importantes sobre como a saúde feminina, em particular a menopausa e suas fases, é tratada e compreendida, especialmente em um mundo onde os estereótipos ainda persistem.

Hoje com 39 anos, Behrs compartilha sua história com a revista Glamour na esperança de ajudar outras mulheres a se sentirem menos isoladas. Sua jornada começou a ficar mais complicada um ano após o nascimento de sua filha, Emma George, quando ela se viu acordando no meio da noite, lidando com sintomas que a deixaram inquieta. “Eu pensava que estava com febres, mas sentia que era algo diferente”, disse ela. A atriz descreveu a sensação como se seu corpo estivesse enfrentando uma queimadura de sol, manifestando-se por todo o seu ser. Era um sinal que, para muitas mulheres que passam por essa transição, poderia significar o início de uma nova fase de dificuldades.

Beth Behrs attends CBS Studios 'Consider Big Shows' FYC event at Paramount Pictures Studios on May 01, 2024 in Hollywood, California.

Os desafios que Behrs enfrentou incluíam insônia severa, períodos menstruais intensos e uma fadiga exaustiva. Apesar de manter-se ativa e seguir uma alimentação saudável, ela notou um aumento de peso significativo e uma inflamação abdominal que a impediu até de fechar os jeans confortavelmente. Essa experiência ressoa com muitos médicos e especialistas, como afirmado pela Mayo Clinic, que lista os sinais de perimenopausa, incluindo períodos irregulares, ondas de calor e mudanças de humor, geralmente iniciando na casa dos 40 anos, mas que podem começar a ocorrer também na terceira década da vida de algumas mulheres.

Behrs, no entanto, salientou que a resposta que recebeu de médicos foi profundamente insatisfatória e inadequada. Ela recorda que sempre ouvia que era “jovem demais” para estar lidando com perimenopausa. Essa afirmação, além de ser um silenciamento de suas dores, também ilustra um aspecto preocupante do cuidado com a saúde das mulheres, que muitas vezes é minimizado pelos profissionais de saúde, especialmente pelos homens. “Eu sabia que algo não estava certo. E agora eu sei que, não, seus 30 e poucos anos não são ‘demais jovens’ para isso”, ela desabafa.

Foi somente após mencionar seus sintomas a um figurinista da série “The Neighborhood” que a palavra perimenopausa surgiu como uma possível explicação. Behrs não escondeu que não foi exatamente uma felicidade descobrir que suas dificuldades estavam ligadas a essa transição hormonal, mas expressou um alívio ao saber que não se tratava de algo mais sério. A nova compreensão sobre sua condição foi um marco, que foi amplificado com a decisão de iniciar um tratamento que incluía suplementos de estrogênio e pílulas anticoncepcionais.

“Ainda tenho ondas de calor ou névoa cerebral de vez em quando, mas pelo menos agora sei o motivo”, disse Behrs, um testemunho que mostra a importância de buscar e receber um diagnóstico preciso e relevante. Ao compartilhar sua experiência, ela se une a outras estrelas que também estão começando a falar abertamente sobre temas que afetam a saúde da mulher. Celebridades como Gwyneth Paltrow têm descrito seus próprios desafios com a perimenopausa, referindo-se à experiência como uma verdadeira montanha-russa emocional.

Beth Behrs (center, with Kat Dennings, left) on '2 Broke Girls' in 2012.

Behrs enfatiza a importância de compartilhar essas experiências, destacando que conversar sobre perimenopausa pode ajudar muitas mulheres a perceberem que não estão sozinhas em suas dores. Ela reflete sobre sua evolução pessoal, dizendo: “Por sinal, estou muito mais feliz quase aos 40 do que aos 25… homem, gostaria de ter tido a voz empoderada que cultivei ao longo dos anos. Nunca tive medo da idade, mesmo vendo as mudanças em meu rosto e corpo.”

Ao final, ela defende que devemos unir forças para ajudar outras mulheres a se sentirem menos sozinhas durante essas mudanças hormonais. Esta é uma iniciativa que, sem dúvida, ressoa profundamente em uma sociedade que muitas vezes ignora as necessidades e questões de saúde das mulheres, especialmente em fases transitórias e delicadas como a perimenopausa.

Em um mundo onde o diálogo aberto sobre a saúde feminina é essencial, a história de Beth Behrs é um lembrete impactante de que a busca por respostas e validação é um direito de todas as mulheres. As conversas sobre perimenopausa precisam ser normalizadas, e as vozes que compartilham essas experiências ajudam a abrir esse caminho. Portanto, se você também se sente sozinha em sua jornada, lembre-se: você não está sozinha nesta montanha-russa hormonal.

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