Em uma noite que prometia muito, Chappell Roan, uma das jovens promessas da música pop, encontrou-se à beira de um contratempos dramático. Na sua performance como convidada musical no Saturday Night Live, em novembro, a artista teve um susto com um mal funcionamento significativo em seu figurino, logo antes de subir ao palco. Em uma entrevista com o jornalista canadense Nardwuar, que foi publicada em seu canal do YouTube em 15 de dezembro, Roan, de 26 anos, compartilhou a história por trás de sua performance, que quase foi arruinada por um vestido que a deixou em apuros.
“Ele rasgou completamente nas costas, bem na hora que eu ia para o palco”, revelou a cantora de “Hot to Go”. Para contornar a situação, Chappell precisou ser ajudada pela costureira da SNL, que a costurou no vestido em um momento de emergência. A peça, uma deslumbrante gown branca brilhante e justa ao corpo, se tornaria apenas mais um detalhe no espetáculo que ela apresentaria se não fosse a rápida intervenção da equipe do programa. É nessas horas que se valoriza a importância de uma boa equipe!
O momento inusitado e cômico traz à tona a frequência com que imprevistos acontecem nos bastidores de grandes produções. Após abordar a situação crítica, Nardwuar ainda fez uma pergunta curiosa a Roan, trazendo um momento de leveza: “Depois de usar o vestido, às vezes fica um pouco suado? Como você faz, tem que lavar ou como funciona isso?”. A resposta divertida de Roan acrescentou um toque de descontração à entrevista. “Eles cheiram de maneira incrível. Eu não sei se eu limpo, acho que só coloco em um saco e devolvo para o cabide,” brincou Roan, trazendo risadas ao público e revelando mais de sua personalidade.
Além do vestido que quase se tornou um pesadelo, Chappell estava completamente no espírito festivo com seu visual de Halloween no show. Com um imponente cabelo vermelho e uma maquiagem inspirada na estética do drag, o figurino tinha detalhes que não passavam despercebidos. Para sua performance da canção “Pink Pony Club”, Roan ostentou um broche em forma de aranha em seu lapel e uma pulseira com o mesmo tema, um aceno estiloso à data comemorativa que aconteceria dias depois. É notável como os artistas, além de cantores, tornam-se verdadeiros ícones de estilo.
Durante a apresentação, que ficou marcada como um clássico, Chappell introduziu uma nova track em seu repertório, “The Giver”. Para essa performance, ela trocou o vestido fabuloso por um look de estilo country, com um bralette em xadrez em rosa e branco, shorts e botas de cowboy. Sua banda e os cantores backup também entraram na onda, com visuais inspirados no country, tornando o momento uma verdadeira explosão de estilo e energia.
No decorrer da entrevista, Nardwuar questionou Roan sobre a possibilidade de reutilizar seus figurinos. “Eu adoraria, mas meu estilista diz que precisávamos seguir em frente”, foi a resposta que trouxe um ar de sinceridade e uma pitada de diversão à conversa. Essa rápida troca mostra a dinâmica dos estilistas e a pressão que muitas artistas sentem para estarem sempre em busca de novas tendências e visuais únicos. Roan já teve seus momentos de destaque, onde não hesitou em trazer referências de drag queens, teatro e até mesmo filmes de terror, influenciando sua estética vibrante.
Nesse contexto, outros figurinos marcantes de Chappell não podem ser esquecidos. Este ano, por exemplo, sua apresentação no Governors Ball em Nova York se destacou com uma pintura corporal inteiramente verde, que a fez parecer a Estátua da Liberdade, em uma performance que repercutiu na mídia e nas redes sociais, mostrando sua coragem em explorar novas estéticas e visuais. Outro figurino que gerou grande atenção foi um look burlesco criado pelo ex-participante do Project Runway, Gunnar Deatherage, que levou nada menos que “500 horas” para ser confeccionado. Essa peça estava planejada para uma performance em um festival de música, mas Deatherage percebeu que o look era mais adequado para uma apresentação mais estática no SNL, mudando os planos conforme a inspiração e a estética se desenrolavam.
A interação entre Chappell Roan e seus estilistas é um lembrete do quão cruéis e alucinatórias as críticas podem ser. O desfile de ideias entre moda e música tem se tornado um espetáculo à parte, e cada apresentação não é apenas sobre a música, mas também sobre a expressão estética que cada artista deseja transmitir. O próprio Deatherage já comentou que foi um “presente” poder criar figurinos complexos e deixar muitos os admiradores assistindo. Em meio a isso, Roan se afirma como uma artista multifacetada, que traz não apenas uma ótima performance, mas também uma narrativa visual que encoraja os jovens a se expressarem artisticamente.
Ao final deste relato, não podemos deixar de ressaltar como momentos inesperados podem gerar risos e tensões nos bastidores, e como a criatividade sempre encontrará um caminho, seja nas mãos de um estilista inovador ou na determinação de uma artista que não se deixa abalar por pequenos obstáculos. Chappell Roan está, sem dúvida, pronta para se afirmar cada vez mais no cenário musical, aproveitando cada aventura, cada desafio e cada performance.
