A expectativa é grande, e não só em solo argentino. O presidente da Argentina, Javier Milei, é apontado como um dos líderes mundiais que deve marcar presença na cerimônia de posse de Donald Trump, prevista para janeiro de 2025. De acordo com informações de um diplomata argentino, a presença de Milei em Washington, D.C., para o evento se torna cada vez mais provável, embora ainda não haja uma confirmação oficial sobre sua viagem. O envolvimento de Milei com Trump, visto como um acólito do ex-presidente dos Estados Unidos, tem atraído a atenção da mídia internacional, refletindo a crescente ênfase nas relações políticas entre os dois países.
Recentemente, Milei publicou em sua conta no X uma mensagem que ressoou com o slogan de Trump, “Make America Great Again”, complementando-a com emojis que representam tanto a bandeira dos Estados Unidos quanto a da Argentina e até um emoji de aperto de mão. Essa postagem não só demonstra o alinhamento ideológico entre os dois líderes, mas também aponta para uma potencial cooperação futura em diversos âmbitos, principalmente na economia e em políticas comerciais, que são áreas de grande interação entre Argentina e Estados Unidos. O clima que se formou em torno da possibilidade de Milei participar da posse é palpável, especialmente considerando que ele é o primeiro líder estrangeiro a confirmar essa intenção. Isso marca um momento histórico, dado que, segundo registros do Departamento de Estado dos EUA desde 1874, nenhum líder mundial esteve presente nas cerimônias de transferência de poder anteriormente, com a tradição sendo que em tais eventos a representação estrangeira é feita por embaixadores e seus cônjuges.
Conforme reportagens da imprensa, como a do Bloomberg News, Milei surgiu como um dos principais interessados em prestigiar a transição de poder, o que não apenas solidifica sua posição na cena política internacional, mas também reflete a postura proativa que ele assumiu desde sua eleição como presidente. Desde o início do seu mandato, Milei tem buscado resgatar a imagem da Argentina no cenário global, favorecendo aproximações com aliados que compartilham de sua ideologia política. Na sua recente reunião com Trump em Mar-a-Lago, ambos tiveram a oportunidade de discutir como poderiam trabalhar juntos em áreas que beneficiariam suas nações.
Enquanto isso, por outro lado, as especulações sobre a presença de outras figuras políticas internacionais no evento também continuam a surgir. O presidente da China, Xi Jinping, foi convidado diretamente por Trump, entretanto, diversas fontes indicam que ele é considerado improvável de comparecer, embora Trump tenha manifestado seu desejo de contar com a presença do líder chinês. Entre os 100 líderes mundiais com os quais Trump afirmou ter se comunicado desde sua eleição, está o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, embora Trump tenha revelado não ter feito nenhum convite a ele até o momento.
O cenário que se desenha para a posse de Donald Trump promete ser um evento marcante não apenas para os Estados Unidos, mas para a diplomacia global, especialmente sem precedentes como a possível chegada de líderes que reconfiguram antigos paradigmas. Com a expectativa de que a Argentina reforce suas relações com os Estados Unidos sob a liderança de Milei, a atenção se volta para como essas interações poderão moldar o futuro político e econômico de ambas as nações.
Javier Milei, ao se alinhar com figuras controversas e influentes no cenário mundial, está potencialmente cavando um novo caminho diplomático não apenas para a Argentina, mas também para países em desenvolvimento que buscam fortalecer suas relações bilaterais com os Estados Unidos. Enquanto o mundo observa, fica a pergunta: como essa nova dinâmica afetará a política internacional e as relações entre as Américas nos próximos anos?