A presente narrativa se aprofunda no universo cinematográfico de The Brutalist, um projeto audacioso que, com sua impressionante duração de três horas e meia, reflete um novo paradigma na produção cinematográfica contemporânea. O renomado cinematógrafo Lol Crawley compartilha detalhes intrigantes sobre os desafios, a visão estética e a experiência de filmar um épico em 35 mm. Bacana, certo? Às vezes, parece que Hollywood está presa a narrativas curtas e ágeis, mas Crawley e seu time desafiaram essa noção em um período em que o cinema de arte tende a se retrair.
“Os cineastas parecem pensar: ‘Não sabia que era possível fazer isso: filmar em 35 mm, ter um filme tematicamente épico — mas também na escala e no tempo, com intervalo — por menos de 10 milhões de dólares'”, comenta Crawley ao The Hollywood Reporter sobre a produção da A24. Este é um dado que não se deve ignorar, especialmente em um cenário cinematográfico cada vez mais impulsionado por orçamentos extravagantes e produções digitais.
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O filme, que narra a vida do arquiteto húngaro-judeu László Tóth, interpretado por Adrien Brody, foi efetivamente produzido em 34 dias. ”Eu sou muito consciente do tempo, e Brady é um diretor muito pragmático. Ele não grava muita cobertura e não se dá muitas opções,” explica Crawley. Ele ressalta que a abordagem de Corbet foi bastante objetiva, evidenciando que “basicamente, o que você vê no filme é o que filmamos”, evidenciando a confiança no seu trabalho artístico e porta-vozes dos elementos dramatúrgicos.
Um dos momentos mais emblemáticos do filme se dá durante um jantar, onde a interação climática entre os personagens de Felicity Jones, que desempenha Erzsébet, e Guy Pearce, como Harrison Lee Van Buren, culmina em uma acusação explosiva. A cena incorpora um estilo único de filmagem – um plano de 360 graus que transita entre a Steadicam e a mão livre, proporcionando uma agitação voyeurística ao espectador. “Foi muito desafiador, mas conseguimos esconder as coisas onde podíamos usando a luz como um recurso,” reflete Crawley sobre o processo técnico e artístico que se deu na ação dramática.
Crawley usou a luz disponível em momentos-chave, um verdadeiro desprezo pela iluminação artificial, buscando a autenticidade da narrativa. Ele comentou que a cena em que Van Buren leva os convidados ao local da construção do instituto foi uma das mais desafiadoras, “Era uma cena longa, mas foi filmada em cerca de 40 minutos devido à luz disponível,” revela. Reunindo a essência poética e brutal do filme, Crawley se deparou com um dilema deleitante, onde a natureza parecia ser seu único coadjuvante.
Algumas das ambientações foram filmadas em locais icônicos como as pedreiras de mármore em Carrara, que em um dia de filmagem estavam envoltas em neblina, criando um aspecto quase surreal às cenas. “Havia uma enorme luz disponível, e apenas abraçamos o que estava ali. Agora se transformou na beleza do filme. Essa sequência assume uma qualidade estranha e onírica,” conclui, celebrando as virtudes de se confiar na natureza em um mundo de técnicas digitais e processadoras robustas.
This story first appeared in a December stand-alone issue of The Hollywood Reporter magazine. To receive the magazine, click here to subscribe.