Youn Yuh Jung, a renomada atriz sul-coreana, recentemente iluminou a capa da edição mais recente da Harper’s Bazaar Korea, onde compartilhou suas reflexões sobre a longa jornada que percorreu no mundo da atuação, suas motivações e a escolha de participar da segunda temporada da popular série da Netflix, “Beef”. Durante a entrevista, a atriz de 76 anos discutiu tanto sua carreira quanto suas preferências pessoais em relação a papéis, revelando uma profunda conexão com a narrativa proposta por diretores de origem coreano-americana.
Ao ser questionada sobre o que a levou a aceitar o papel em “Beef”, Youn Yuh Jung respondeu que sempre se sentiu atraída por projetos que exploram a experiência coreano-americana. Ela compartilhou que se reuniu várias vezes com o diretor Lee Sung Jin, que lhe contou uma história que desejava expressar por meio dela. “É interessante, porque é uma perspectiva diferente da que normalmente vejo em diretores coreanos”, afirmou. Segundo ela, em sua carreira na Coreia, são predominantemente oferecidos papéis de avó, mas diretores que viveram em ambientes diferentes a enxergam de maneira diversa. “Sou bastante conservadora em minha vida pessoal, mas, curiosamente, gosto de assumir desafios no trabalho. Vivo uma vida tão estruturada que talvez esse espírito aventureiro apareça na minha atuação”, completou.
Após 58 anos dedicados à atuação, Youn Yuh Jung ponderou sobre o que a mantém motivada, refletindo sobre a ideia de aposentadoria. “Já pensei sobre isso: ‘Talvez seja hora de me aposentar?’ Não consigo ler um livro por mais de uma hora em casa porque meus olhos doem.” Nessa linha, ela enfatizou que para ela, a vida diária é fundamental. “Há tantas pessoas ao meu redor que estão doentes. O que mais desejam é simplesmente viver suas vidas diárias. Não se trata de correr atrás de novos desejos; no final, elas só gostariam de sair do hospital e dar uma volta. A atuação é minha vida diária. Por isso, me dedico ao máximo em cada papel. É assim que eu vivo”, refletiu, mostrando um lado humano e repleto de empatia.
Youn Yuh Jung também comentou sobre sua relutância em ser chamada de “artista”, preferindo a denominação de “mestre”. Em suas palavras, “não gosto dado o termo ‘artista’. Talvez, depois que eu partir, alguém possa dizer: ‘Ela foi uma artista’, mas agora, isso parece um pouco exagerado. Entretanto, eu gostaria de ser considerada uma mestre. Se passei 60 anos trilhando um caminho, acho que poderia merecer esse respeito.” Essa humildade, mesmo com uma carreira repleta de prêmios e reconhecimentos internacionais, é um reflexo claro de sua dedicação ao ofício e ao seu crescimento pessoal constante.
Não é segredo que Youn Yuh Jung se tornou um ícone na indústria cinematográfica, especialmente após sua vitória no Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em “Minari” (2020), um filme que explora a luta de uma família coreano-americana na busca do sonho americano. Sua presença marcante e habilidades de atuação a tornaram uma referência para muitos atores, tanto na Coreia do Sul quanto no exterior. Seu percurso é um testemunho de perseverança e da importância de se manter fiel às próprias paixões, independentemente das pressões da indústria.
Para quem acompanha a carreira da atriz, a edição de janeiro da Harper’s Bazaar Korea promete uma série de imagens e uma entrevista aprofundada, onde ela compartilha não apenas sua sabedoria sobre atuação, mas também sobre a vida e as vivências que a moldaram. Enquanto isso, os fãs podem vê-la nas telinhas da Netflix na série “Never Twice”, uma oportunidade imperdível para apreciar mais de seu talento excepcional.
Assim, a trajetória de Youn Yuh Jung continua a inspirar muitos, evidenciando que a verdadeira paixão e dedicação transcendem o tempo. Uma reflexão não apenas para artistas, mas para todos que buscam significado em suas vidas e carreiras, mostrando que a arte pode ser uma forma de viver e expressar nossas verdades mais profundas.
Saiba mais sobre Youn Yuh Jung na Soompi
Não perca a chance de aprender e se inspirar com as palavras e a história de Youn Yuh Jung, uma verdadeira mestra da atuação e um ícone duradouro no cinema mundial.