Hong Kong
CNN
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Recentemente, a China alcançou um impressionante feito em sua jornada espacial, ao anunciar que dois de seus astronautas completaram uma caminhada espacial de incríveis nove horas. Este evento não é apenas mais um passo no ambicioso programa espacial chinês, mas também um marco histórico que desbancou o recorde anterior dos Estados Unidos, estabelecido em 2001. Essa conquista destaca a crescente competitividade da China no espaço, um campo que tem atraído a aposentadoria de diversas nações ao redor do mundo, em busca de benefícios científicos, recursos naturais e segurança nacional.
Os astronautas Cai Xuzhe e Song Lingdong, membros da missão Shenzhou-19, concluíram a extravehicular activity, ou atividade extraveicular, antes das 22h (horário de Pequim) na última terça-feira. Com esse feito, a China não apenas quebrou o recorde anterior de oito horas e 56 minutos, estabelecido pelos astronautas americanos James Voss e Susan Helms em 12 de março de 2001, segundo informações da NASA, mas também demonstrou a eficácia de seu programa espacial avançado e suas capacidades operacionais.
Este feito mais recente faz parte de um esforço contínuo da China para se tornar uma potência no espaço, área que desperta o interesse de diversas nações. O que se tem observado é uma corrida pelo espaço, não somente em busca de descobertas científicas, mas também na tentativa de garantir recursos naturais essenciais e garantir a segurança nacional. O investimento da China em sua Agência Nacional Espacial, que nos últimos anos tem gerido uma série de missões robóticas lunares complexas, para a realização do primeiro retorno de amostras lunares a partir da face oculta da Lua, é um indicativo claro de que o país almeja se estabelecer como um líder no setor espacial.
Ao mesmo tempo, a China visa se tornar a segunda nação a pousar na Lua, apenas atrás dos Estados Unidos. Em um movimento estratégico, o país já revelou um traje espacial especialmente projetado para essa missão lunar, que deverá acontecer até 2030. Esses passos não apenas afirmam a determinação da China em avançar no campo espacial, mas também sinalizam um novo capítulo de rivalidade espacial com os Estados Unidos, que há muito dominam esse domínio.
A façanha dos astronautas Cai e Song não é apenas um orgulho para a China, mas, de certa forma, para toda a comunidade científica e espacial do mundo, destacando o quão longe avançamos em termos de tecnologia e exploração. Como curioso leitor, pode-se perguntar o que vem a seguir nesse jogo de xadrez espacial em que as nações se movimentam em direção a novas conquistas. As possibilidades parecem ser infinitas e a imaginação aguçada por essa nova era de exploração, pesquisa e descoberta além das fronteiras conhecidas da Terra.
Reportagem contribuída por Simone McCarthy da CNN.