A NASA está avançando rapidamente em sua missão para retornar à Lua com o programa Artemis. Recentemente, a agência espacial foi palco de uma significativa maratona de testes, onde três veículos lunar comerciais, conhecidos como LTVs (Lunar Terrain Vehicles), preparados por Intuitive Machines, Lunar Outpost e Venturi Astrolab, passaram por uma série de avaliações rigorosas no Centro Espacial Johnson, em Houston. Esses roveres irão desempenhar um papel crucial na exploração do polo sul lunar, uma área que promete descobertas científicas inéditas, onde a gravidade lunar é reduzida a um sexto da que sentimos na Terra.
O mês de setembro foi um marco para os desenvolvedores dessas tecnologias, pois trouxe a entrega dos protótipos dos veículos, iniciando assim o compromisso de um estudo de viabilidade que se estenderá por um ano. Esse primeiro episódio de testes, encerrado em dezembro, ocorreu nas instalações do Active Response Gravity Offload System (ARGOS), um ambiente projetado para simular a gravidade do espaço e possibilitar a análise de performance sob condições quase lunares.
Os astronautas da NASA, como Raja Chari e Randy Bresnik, interagiram com esses novos veículos, avaliando ajustes como a configuração dos assentos e a funcionalidade das interfaces de exibição. A experiência dos astronautas durante os testes foi fundamental para fornecer um feedback valioso, que será compartilhado com as empresas responsáveis, promovendo melhorias no design e funcionalidade dos veículos. “Esta é a primeira grande conquista dentro do contrato de Serviços de Veículos Lunares e é notável que os rovers reais tenham sido entregues apenas quatro meses após a assinatura do contrato”, afirmou Steve Munday, gerente do projeto dos LTVs da NASA.
Durante essas avaliações, as equipes de engenharia da NASA e os astronautas se revezaram entre dois tipos de trajes espaciais, analisando como cada um deles interagia com os rovers. Utilizando o traje protótipo de mobilidade extraveicular da NASA e o traje Axiom Space, os testadores foram capazes de simular tarefas que os astronautas executariam na superfície lunar, como manuseio de instrumentos de geologia lunar e execução de procedimentos de emergência.
Os testes não se restringiram apenas à operação dos rovers; também incluíram simulações de resgate de um astronauta incapacitado, uma exigência da NASA para garantir a segurança da tripulação. Todas essas interações são cruciais, pois fornecem insights que guiarão o aperfeiçoamento dos LTVs, com a meta de que estejam prontos para a missão Artemis V, prevista para ocorrer em 2025, onde serão utilizados em operações tripuladas na Lua.
Através do programa Artemis, a NASA não apenas pretende enviar os próximos astronautas americanos à Lua, mas também incluir parceiros internacionais em uma jornada que busca fomentar descobertas científicas e avanços tecnológicos. O desenvolvimento desses rovers representa um passo significativo em direção ao objetivo de criar as bases para futuras missões tripuladas a Marte, um dos próximos grandes desafios da exploração espacial.
Além disso, a NASA se compromete a emitir um pedido de propostas de ordem de tarefas para qualquer provedor elegível para uma missão de demonstração, o que permitirá o contínuo desenvolvimento dos LTVs e sua validação. Essas iniciativas, que buscam alavancar não apenas a exploração lunar, mas também estimular o setor privado, são visto como um produto da colaboração entre o governo e a indústria, potencializando a inovação dentro do espaço da pesquisa espacial.
Para saber mais sobre os rovers, os trajes e as ferramentas que ajudarão os astronautas do Artemis a explorar mais da Lua, os interessados podem acessar o link a seguir: Confira aqui todos os detalhes.
Em conclusão, os testes realizados no Centro Espacial Johnson não apenas mostraram o potencial dos novos rovers, mas também reafirmaram a determinação da NASA em expandir os horizontes da exploração lunar de forma segura e eficaz. Estamos cada vez mais próximos de uma nova era de descobertas enquanto nos preparamos para levar a presença humana de volta à Lua e, eventualmente, a Marte.