Kimberly Williams-Paisley, a conhecida atriz de “Pai da Noiva”, recentemente abriu seu coração ao contar sobre uma fase desafiadora de sua vida, marcada por uma perda vocal que a afastou temporariamente de sua comunicação habitual. Durante um evento da Associação de Alzheimer em novembro de 2022, Kimberly sofreu um difícil revés quando percebeu que não conseguia falar mais alto que um sussurro. Em uma entrevista exclusiva, ela compartilha como essa experiência impactou sua vida e seus relacionamentos, especialmente com seu marido, o cantor country Brad Paisley, e seus filhos, Huck, de 17 anos, e Jasper, de 15 anos.
Brad Paisley tentou ser um suporte constante para sua esposa durante esse momento turbulento, mas admitiu que suas tentativas nem sempre foram bem-sucedidas. Ele recorda: “Eu pisei na bola várias vezes”. Enquanto Kimberly passou dois anos sem conseguir usar plenamente sua voz, Brad inicialmente acreditou que se tratava de um problema temporário, como muitos de nós poderiam pensar. “Eu achei que, após alguns dias, tudo voltaria ao normal”, diz ele, refletindo sobre seu estado de desinformação durante os primeiros momentos da crise de sua esposa.
Com o passar dos meses, Kimberly continuou a falar apenas em sussurros e, após um diagnóstico que revelou uma paralisia parcial das cordas vocais, ela se viu em um caminho complicado que exigiu uma cirurgia para restauração de sua voz. Todo esse processo não apenas testou sua autoconfiança, mas também a sua capacidade de se comunicar em casa e no público. Muitas vezes, ela se encontrava gritando para chamar seus filhos para o jantar, mas o que conseguia era apenas um leve murmurinho, algo que deixava Brad e os filhos frustrados, já que os meninos frequentemente não a ouviam.
Percebendo essa dificuldade, Brad decidiu presenteá-la com algo inusitado e divertido: um megafone rosa brilhante, ideal para que Kimberly pudesse chamar os meninos de forma mais eficaz. “Foi uma das coisas mais gentis que ele poderia ter feito por mim”, conta Kimberly, com um sorriso no rosto, destacando o quão importante foi a proteção do humor para navegar nos desafios. Para ela, usar o megafone tornou-se uma forma imediata de trazer leveza à situação e de continuar a se conectar com a família.
Porém, as dificuldades não pararam por aí. Durante essa fase, Kimberly sentiu-se muitas vezes isolada, especialmente em eventos sociais. Um momento marcante foi quando ela estava presente em uma celebração após a apresentação dos filhos. Desejando se juntar às conversas, ela se viu incapaz de participar ativamente e acabou por se oferecer para ajudar na limpeza, mostrando como a dificuldade em se comunicar impactou sua confiança. Lembrando do episódio, ela diz: “Eu varri os pisos. Passei a me fechar cada vez mais”. Em uma dessas noites de frustração, Kimberly se retirou para o carro e ligou para sua irmã, a atriz Ashley Williams, desabafando: “Isso é tão embaraçoso. Quero me envolver, mas simplesmente não sei como”. Este tipo de conexão emocional foi crucial, e ela se recorda que a família se tornou sua âncora durante os momentos de vulnerabilidade.
Ainda mais admirável foi a maneira como seus filhos apoiaram sua mãe. Eles se tornaram seus verdadeiros “torcedores”, facilitando seu engajamento em conversas e eventos. “Meus filhos foram ótimos. Em um evento, se alguém com quem eu queria falar estava se afastando, eles voltavam para me apoiar”, revela Kimberly, com gratidão pela disponibilidade deles. Essa dinâmica não apenas fortaleceu os laços familiares, mas também contribuiu para que Kimberly se sentisse menos sozinha na luta pela comunicação.
Embora sua voz estivesse baixa, a luta de Kimberly para se fazer ouvir despertou preocupações em sua família. Brad lembra-se de momentos em que se perguntava se ela estava bem: “Havia momentos em que dizíamos: ‘Você está bem conosco?’, e ela sussurrava, ‘Sim’. E era difícil discernir o tom dela”, relata Brad, enfatizando o quão desafiador foi para a dinâmica familiar não ter uma comunicação clara. Ele menciona um sentimento de incerteza em relação ao que ela realmente estava passando. O tratamento da questão vocal não apenas foi físico, mas também emocional, gerando sentimentos de insegurança e preocupação para todos à sua volta.
Após uma cirurgia bem-sucedida em agosto, a voz de Kimberly foi restaurada. O processo a ensinou a valorizar ainda mais o amor e o apoio de sua família. “Sou tão grata por ter Brad e os meninos ao meu lado durante esse período. Eles me viram em meus momentos mais vulneráveis e fracos. Isso me fez sentir menos sozinha”, disse ela, transparecendo a profunda conexão que se formou entre eles. Esse suporte emocional foi fundamental para que Kimberly pudesse atravessar uma experiência tão desafiadora e dolorosa.
Para mais detalhes sobre a história de Kimberly Williams-Paisley e seu desabafo sobre a luta para recuperar sua voz, não deixe de conferir a nova edição da PEOPLE, que chega às bancas na próxima sexta-feira.