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Embora os coletores de dívidas possam usar certas táticas para tentar recuperar o que é devido, há coisas que eles não podem fazer.
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Ter dívidas em cobrança é uma realidade desafiadora para milhões de americanos, principalmente para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras inesperadas. Essa situação, embora comum, pode ter um grande impacto nas finanças pessoais, tornando-se uma fonte significativa de estresse ao receber chamadas, cartas ou ameaças de ações judiciais provenientes de coletores de dívida. Enquanto alguns coletores adotam abordagens menos agressivas no início do processo, a falta de disposição ou capacidade para quitar a dívida pode, eventualmente, levar a práticas de assédio ou tratamento injusto.

O que muitos consumidores não sabem é que, embora os coletores de dívida tenham permissão legal para buscar o pagamento em nome de credores, existem regras estritas que visam impedir o uso de práticas abusivas, enganosas ou injustas. O Fair Debt Collection Practices Act (FDCPA) estabelece diretrizes que regulam as ações desses coletores e protegem os consumidores contra maltrato. Compreender seus direitos é crucial para navegar por essas situações e proteger-se contra comportamentos ilegais.

Apesar das proteções disponíveis, muitos indivíduos desconhecem os limites que os coletores devem respeitar durante o processo de cobrança de dívidas. Ao se familiarizar com as restrições impostas a esses profissionais, é possível abordar as tentativas de cobrança de forma mais confiante e garantir que seus direitos sejam respeitados.

Então, você está se perguntando sobre as táticas que os coletores de dívidas podem utilizar? Abaixo, estão oito ações que eles estão proibidos de realizar, assegurando que os devedores possam enfrentar essa situação sem temores adicionais.

Oito coisas que os coletores de dívidas não podem fazer

Primeiramente, é importante saber que os coletores de dívida não podem contatá-lo em horários inconvenientes. De acordo com o FDCPA, eles não têm permissão para telefonar antes das 8h da manhã ou após as 21h da noite, a menos que você tenha dado permissão explícita. Se você comunicar que não pode receber chamadas no trabalho, eles devem cessar as ligações nesse local. Essa proteção visa garantir que as atividades de cobrança não interfiram em sua vida pessoal ou profissional a horários não razoáveis. Em caso de violação dessa regra, você tem o direito de denunciá-los ao Consumer Financial Protection Bureau (CFPB).

Além disso, os coletores são proibidos de utilizar práticas de assédio, abuso ou intimidação. Isso inclui ameaças de violência, uso de linguagem obscena e chamadas repetidas destinadas a incomodá-lo. Essas proteções asseguram que as práticas de cobrança permaneçam profissionais e respeitosas, evitando que o nome do devedor seja divulgado como alguém que se recusa a pagar dívidas – exceto para agências de crédito – ou que qualquer método projetado para envergonhá-lo seja empregado. O FDCPA proíbe explicitamente tais ações, garantindo um processo de cobrança que seja profissional e não ameaçador.

Outra prática ilegal é fazer declarações falsas ou enganosas. Um coletor de dívida não pode mentir ou usar práticas enganosas para cobrar uma dívida; isso inclui alegar falsamente serem advogados ou representantes do governo, distorcer o valor devido ou ameaçar ações legais que não têm intenção de efetivar. Isso é vital para que você possa tomar decisões informadas sobre suas dívidas com base em informações corretas.

Se você solicitar que um coletor interrompa os contatos, ele obrigatoriamente deve respeitar seu pedido. Uma carta de interrupção escrita impõe ao coletor a obrigação de contatá-lo apenas para confirmar que não mais irá se comunicar ou para informá-lo sobre ações específicas, como o ajuizamento de uma ação judicial. Essa regra proporciona aos consumidores a capacidade de interromper comunicações persistentes que possam se tornar invasivas.

Os coletores de dívida não podem discutir sua situação financeira com terceiros. A privacidade é um direito fundamental, e essas informações só podem ser compartilhadas com você, seu cônjuge ou seu advogado. Eles não podem contatar seu empregador, amigos ou familiares para discutir sua dívida, exceto se estiverem tentando localizá-lo e, mesmo assim, não podem revelar o motivo do contato.

Quanto a ameaçar ações ilegais, os coletores também não podem fazer isso. Eles não podem ameaçar realizar ações que são ilegais ou que não pretendem efetivar. Por exemplo, enquanto podem eventualmente processá-lo, não podem ameaçar penhorar seus salários sem um julgamento judicial prévio. Tais ameaças, longe de serem intimidatórias, são explicitamente proibidas pelo FDCPA.

Caso você peça a verificação de uma dívida, o coletor é obrigado a fornecer provas escritas que validem que a dívida é sua e que é legítima. Até que esse pedido seja atendido, eles devem interromper as atividades de cobrança. Isso se torna particularmente importante se você suspeitar que a dívida não é sua, já foi paga ou está além do prazo estipulado para a cobrança.

Por fim, além das proteções federais, muitos estados possuem suas próprias legislações de cobrança de dívidas, que oferecem salvaguardas adicionais. Por exemplo, alguns estados impõem limites mais rigorosos sobre os tipos de dívidas que podem ser cobradas ou oferecem proteções mais amplas contra assédio. Os coletores devem seguir não apenas as leis federais, mas também as estaduais, e desconsiderar as regulamentações específicas do estado é uma violação dos seus direitos.

Considerações finais sobre a proteção do consumidor

Ao conhecer os direitos dos consumidores e o que os coletores de dívida não podem fazer, é possível proteger-se melhor e focar na resolução dos desafios financeiros, sem o estresse ou intimidação desnecessários. Entender essas restrições empodera os indivíduos a assumir o controle de sua situação financeira e responder de forma eficaz a comportamentos ilegais. Caso você acredite que um coletor de dívida violou seus direitos, é fundamental documentar todas as interações, guardar a correspondência relevante e apresentar uma denúncia ao CFPB, à Procuradoria Geral do seu estado ou a uma agência de proteção ao consumidor. Com o conhecimento e as ferramentas corretas, você pode enfrentar suas dívidas de forma responsável e avançar em direção a um futuro financeiro mais seguro.

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