Imagine como seria o mundo do cinema se algumas decisões tivessem sido diferentes. Nos anos 90, a produção de um filme baseado no sucesso da Broadway Wicked poderia ter tomado um caminho radicalmente distinto se Demi Moore tivesse sido escalada para o icônico papel de Elphaba, a bruxa má do Oeste.

Em uma conversa reveladora com Vanity Fair, Marc Platt, produtor do filme Wicked de 2024, junto do autor Gregory Maguire e do compositor Stephen Schwartz, revisitaram os primeiros esforços para levar a história à telona no final dos anos 90.

Durante essa conversa, Platt compartilhou um cenário no qual estrelas do calibre de Demi Moore e Nicole Kidman estavam em alta consideração para os papéis centrais. Essa era uma época em que as produções cinematográficas competiam fervorosamente para atrair os melhores talentos e chamar a atenção do público.

Platt recordou que quando se tornou presidente da produção na Universal, o projeto de Wicked já existia. “Ele havia sido inicialmente optionado pela empresa de Demi Moore,” revelou Platt. A ideia de adaptar o aclamado livro de Maguire, que se tornou um fenômeno teatral, provocou uma guerra de propostas entre atores que queriam produzir e estrelar o filme.

Além de Moore, outras estrelas como Whoopi Goldberg, Salma Hayek e Claire Danes apresentaram interesse em participar do projeto. Maguire mencionou que embora não tivesse certeza se essas artistas desejavam realmente interpretar Elphaba, ficou evidente que a competição por um lugar no filme era intensa.

Algumas das primeiras discussões envolviam a produção da Moving Pictures, a empresa de Moore, que estava particularmente interessada na adaptação. O carisma e a popularidade da atriz, impulsionados por sucessos como A Few Good Men e Indecent Proposal, a colocavam como uma forte candidata para dar vida à bruxa verde, criando imagens vívidas na mente do público.

“Eu costumava dizer, posso imaginar Demi Moore nua e verde na capa da Vanity Fair,” afirmou o autor, destacando a singularidade que a atriz poderia trazer ao papel. Essa revelação não apenas alimenta a imaginação coletiva, mas também provoca uma reflexão sobre como a escolha do elenco pode alterar percepções e histórias.

Por outro lado, enquanto a busca por Elphaba ainda estava em andamento, nomes como Michelle Pfeiffer, Emma Thompson e Nicole Kidman eram considerados para o papel de Glinda, a bruxa boa. Uma questão que ficou clara era que o projeto tentava capturar uma essência mágica e transformadora, essencial tanto na história quanto na produção.

Em meio a isso, Suzanne Todd, que na época era assistente de um renomado produtor de filmes de ação, revelou que havia interesse de Goldberg em adquirir os direitos do livro. Contudo, Maguire decidiu seguir com a proposta de Moore, que estava decidida a levar a adaptação adiante e trazer a história das bruxas à vida.

Demi Moore já havia colaborado com a Disney, emprestando sua voz para a animação The Hunchback of Notre Dame, que incluía músicas compostas por Schwartz. Estas experiências a tornavam ainda mais atraente para o papel em Wicked, e Schwartz se lembrou de como, ao ouvir a música, ele teve uma epifania de que Wicked deveria ser não apenas um filme, mas um musical.

“Antes de ler o livro, eu estava tentando conseguir os direitos – mais ou menos imediatamente,” explicou Schwartz, mostrando o profundíssimo interesse que o projeto despertava. Ao longo do caminho, ele buscou meios de convencer os detentores dos direitos a permitir que ele escrevesse Wicked como um musical, culminando na estreia em 2003, que se tornou um grande sucesso e permanece ativa em Broadway.

Hoje, parte um de Wicked, lançado em 22 de novembro, já se tornou um dos filmes de maiores bilheteiras da história adaptada de um musical da Broadway. O tão aguardado Wicked: For Good estreia nos cinemas em 21 de novembro de 2025, prometendo continuar a cativar o público e a trazer à tona discussões sobre talentos e escolhas artísticas.

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