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A história de Kathy Gillcrist é uma trama que mistura busca por identidade, revelações impactantes e uma herança marcada por tragédias inimagináveis. Em sua jornada para descobrir suas raízes, após se aposentar como professora de ensino médio em 2017, Kathy decidiu realizar um teste de DNA, que a conduziu a um destino que ela jamais poderia imaginar. O que começou como uma busca pelo entendimento de suas origens se transformou em uma exposição aterradora de um dos casos de homicídio mais notórios da história americana. O nome que ela finalmente encontrou não pertencia a um desconhecido qualquer, mas a William Bradford Bishop, um fugitivo procurado pelo FBI por cometer atrocidades inimagináveis.

A descoberta das origens e o choque inicial

Kathy sempre soube que tinha sido adotada, e essa certeza a impulsionou a mergulhar em sua história familiar. Após o teste de DNA, uma conexão foi estabelecida com um primo de terceiro grau, que a ajudou a encontrar sua mãe biológica, que a entregou para adoção em 1957. No entanto, quando Kathy perguntou ao primo se seu pai era famoso, ela foi levada a descobrir que esse “famoso” era, na verdade, um dos criminosos mais procurados da América. Ao procurar informações na internet, Kathy foi recebida por um turbilhão de espuma de emoções. A verdade era mais grotesca do que um pesadelo. Seu pai havia assassinado sua família em 1976: sua mãe de 68 anos, sua esposa de 37 anos e seus três filhos, de 14, 10 e 4 anos.

William Bradford Bishop, Jr

O perfil de um criminoso e a vida que levou

William Bradford Bishop parecia ter a vida perfeita. Nascido em Pasadena, Califórnia, ele obteve seu diploma em Estudos Americanos pela renomada Yale University e posteriormente um mestrado em Italiano no Middlebury College em Vermont. Casou-se com sua namorada da escola, Annette, em 1959, e no mesmo ano se alistou no Exército dos EUA, onde trabalhou por quatro anos em inteligência militar. Fluente em várias línguas, ele se destacou como um oficial no Serviço Exterior do Departamento de Estado, desempenhando funções em países como Itália e Etiópia. Em 1974, quando retornou aos Estados Unidos, ele ocupou uma posição de prestígio como chefe assistente na Divisão de Atividades Especiais.

No entanto, por trás dessa fachada de sucesso, havia um homem com problemas psicológicos. Nos dias que antecederam o massacre, Bishop havia sido atendido por cuidados psiquiátricos e estava sendo tratado com medicação para depressão. Após a frustração por não ter conseguido uma promoção, ele tomou uma decisão que mudaria irrevogavelmente o destino de sua família. No dia 1º de março de 1976, após retirar uma quantia em dinheiro de um banco e comprar gasolina e um martelo, ele retornou para casa, onde cometeu o impensável.

A busca implacável e a sobrevivência do fugitivo

Os corpos de sua família foram encontrados posteriormente em uma cova que ele mesmo cavou em uma área remota na Carolina do Norte, onde ele ateou fogo neles. A autópsia revelou que suas mortes foram causadas por traumas contundentes. As impressões digitais de Bishop foram encontradas na lata de gasolina no local do crime e também no local onde sua família foi assassinada. Sua fuga se iniciou quando ele abandonou seu carro em um parque nas Montanhas Great Smoky, que foi encontrado com vestígios de sangue e itens pessoais, mas, desde então, seu paradeiro permanece um mistério.

Avistamentos de Bishop foram relatados em várias partes do mundo, incluindo na Suécia e na Itália, onde muitos acreditam que ele possa ainda estar vivendo sob uma nova identidade. Kathy Gillcrist, a filha que procurou por suas raízes, acredita que seu pai, agora com 88 anos, pode ainda estar vivo. Em seu livro, intitulado “It’s in My Genes”, ela compartilha suas descobertas e parte de sua jornada emocional ao lidar com essa revelação incomum. Se pudesse conversar com seu pai, Kathy faria perguntas que ressoam em muitos: “Como você vive com isso? Como você justifica o que fez? E você é uma pessoa feliz agora?”

Um episódio de People Magazine Investigates traz à luz essa chocante história

A história de Kathy será destaque no próximo episódio de People Magazine Investigates, intitulado “Meu pai era um assassino em massa”, que irá ao ar na segunda-feira, 23 de dezembro, às 21h/20c, no ID. Esta trama intrigante e dolorosa não apenas destaca os desafios que Kathy enfrentou, mas também serve como um lembrete do impacto duradouro que as tragédias familiares podem ter na vida de um indivíduo. Não há dúvida de que a busca por respostas pode ser tanto uma jornada de autodescoberta quanto uma exploração dos limites da natureza humana.

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