A atriz Blake Lively agora se encontra no centro de uma controvérsia significativa após processar seu colega de elenco em “It Ends With Us”, Justin Baldoni, sob graves acusações que vão desde assédio sexual até uma suposta campanha para difamá-la. Os rumores sobre uma desavença entre os dois atores, que se intensificaram nos últimos meses, culminaram em uma ação judicial que alega que Baldoni, além de atuar no filme, também foi o diretor da produção, causando um “sofrimento emocional severo” a Lively.
O processo, obtido pela CBS News, cita Baldoni, o estúdio responsável pela produção e seus publicitários como réus. A The New York Times foi a primeira a divulgar as informações do processo, que foi formalmente apresentado na última sexta-feira ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia.
No cerne da queixa estão as acusações de Lively de que após uma reunião na qual ela e seu marido, Ryan Reynolds, discutiram sobre o “repetido assédio sexual e outros comportamentos perturbadores” de Baldoni e de um produtor do filme, surgiram ações intencionais para prejudicar a sua imagem. A atriz menciona em sua reivindicação que Baldoni e o estúdio implementaram um “plano de múltiplas camadas” para danificá-la após a conversa. Lively afirmou à The New York Times que espera que sua ação legal “ajude a desmascarar essas ações retaliatórias sinistras que visam prejudicar indivíduos que se manifestam sobre má conduta”, além de proteger outras pessoas que podem ser alvo de práticas semelhantes.
A queixa também traz à tona mensagens de texto que supostamente foram trocadas entre o publicitário de Baldoni e o publicitário do estúdio, onde se afirma que o ator “quer se sentir como se pudesse ser enterrado” e que “não podemos dizer que vamos destruí-la”. Essas alegações aumentam a gravidade da situação e trazem um tom sombrio à disputa pública.
Além disso, a queixa afirma que Baldoni “mudou rapidamente” o plano de marketing do filme e utilizou conteúdo a respeito de sobreviventes de violência doméstica para proteger sua imagem pública. Em resposta, o advogado Bryan Freedman, que representa Baldoni, o estúdio Wayfarer e seus representantes, afirmou que as alegações de Lively são “totalmente falsas, ultrajantes e intencionalmente sensacionalistas, com o intuito de prejudicar publicamente e recontar uma narrativa na mídia”.
Freedman também se opôs às alegações de uma campanha coordenada, explicando que o estúdio “contratou proativamente um gerente de crises devido às múltiplas demandas e ameaças feitas por Lively durante a produção”. Ele afirmou que Lively ameaçou não comparecer ao set e não promover o filme caso suas exigências não fossem atendidas, embora tais demandas não tenham sido especificadas no comunicado.
“It Ends With Us”, direcionado pelo próprio Baldoni, foi lançado em agosto deste ano e é baseado no best-seller homônimo da autora Colleen Hoover, que passou impressionantes 164 semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times. O filme conquistou uma base fiel de fãs que aguardava ansiosamente sua estreia.
No entanto, nas semanas que antecederam o lançamento, surgiram rumores em relação a uma suposta rivalidade nos bastidores entre Lively e Baldoni. Durante a promoção do filme, Baldoni fez a maior parte da imprensa solo e não posou ao lado do elenco durante a estreia em Nova York.
Lively interpretou a protagonista Lily, enquanto Baldoni assumiu o papel de um neurocirurgião que, à primeira vista, parece ser um homem gentil, mas se revela abusivo ao longo da trama. Em uma entrevista à CBS Mornings, Baldoni afirmou que espera que o filme contribua para criar um mundo mais seguro através da compaixão e empatia. Ele deseja que os homens assistam ao filme e reflitam sobre suas próprias vidas após vê-lo.
No final de contas, fica a questão: qual será o impacto real deste processo nas carreiras de ambos os atores? E, mais importante, como essa situação pode influenciar a conversa em torno do assédio sexual e da responsabilidade na indústria cinematográfica?